Perplexa, Dariane sentou-se na cadeira mais perto, a respiração acelerada. Como assim? Renata havia reproduzido uma estrela em laboratório?
-Você tem uma estrela aqui nesse laboratório?
-Não, ainda não. Por isso te chamei aqui, estou tendo problemas. Acho que fiz algum cálculo errado.
-Como assim?
-A estrela nasce e morre instantaneamente. Olhe isso, vou criar uma agora.
Renata aproximou-se de seu computador ligado ao tubo com campo gravitacional reflexo. Aparentemente, era um tubo simples, transparente dos lados, algo como metal em cima, ligado por um cano a um compartimento e muitos fios a um computador. Dariane aproximou-se do vidro que as separava do equipamento olhando o tubo.
-Quando eu o ligo, o hidrogênio limpo é injetado e o campo gravitacional é ativado. Dentro do tubo forma-se uma pressão gigantesca e, claro, controlada por mim.
-Mas se a estrela nasce e morre em poucos instantes é que a quantidade de hidrogênio injetada dentro do tubo enquanto a estrela vive é insuficiente para que ela mantenha irradiando energia.
-Ok, então me ajude aqui. Hidrogênio limpo injetado. Pronto.
A luz apagou-se e então as duas amigas puderam ver, de dentro da cabine onde estavam, a pequena luz sendo emitida do tubo.
-Conseguimos! Conseguimos!
Gritando, Renata abraçou-se a amiga.
-Eu vou ver de perto! A Sofia vai pirar quando souber que consegui a estrela pra ela. Vou lá.
-Não é perigoso?
-Claro que não! Só cuide aqui pra mim se os níveis de hidrogênio e hélio de dentro do tubo não decaem, pode ser?
Renata nem esperou a resposta da amiga e abriu a imensa porta de ferro que separava seu laboratório da zona de teste onde ficava o tubo e consequentemente, sua estrela. Fechou a porta atrás de si sentindo uma grande emoção. Dariane estava tão impressionada com o fato de ter uma estrela logo a sua frente que só percebeu depois de alguns instantes, que o computador de Renata alertava algo.
-Renata! Renata! Saia daí, os níveis de hélio e hidrogênio estão oscilando muito.
Renata deu de ombros ao ver a amiga bater no vidro falando-lhe algo. Aproximou-se mais do tubo. Era tão lindo, tão espetacular e de repente não havia mais nada. Bum!
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