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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Diálogo


-Livrei-me de suas amarras! - Gritou a Saudade para o Medo.
-Impossível! - bradou o outro.

Flutuando sobre a liberdade, a Saudade sorriu para os outros.

-Agora me vou sem medo para os braços da felicidade. Fica ai contigo somente as coisas ruins, Medo. Tens contigo agora somente a Decepção, a Desilusão, o Sofrimento...
-Não me deixe, Saudade! Sabes que por ti tenho um afeto imensurável!
-E sabes que a teu lado somente me decepciono, desiludo e sofro. Se tens por mim tal afeto, deixe-me voar até a Felicidade, lá é meu lugar!

E com um sopro numa manhã morna, saiu a Saudade em busca de seu bem maior: a Felicidade.

sábado, 24 de setembro de 2011

The lost hearts


There are no facts...
There are no histories...
There are no finalities.
Maybe the freedom of believe
And the lost hearts...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Imaginação


Começa na cabeça e termina no coração
Ah, se há de se ter imaginação
Os pobres amantes na noite escura.

Querer


Quero ser estrela,
Quero ser sol...
Quero ser o astro que ilumina você.
Quero ser a história,
A página e a caneta.
Quero ser quem um dia contigo sonhou...
E foi sonhada.
O lápis, a caneta, o caderno e o bloco de anotação.
Quem escreveu o poema e o leu...
Quem escreveu a canção e a cantou.
E ao pé do seu ouvido, ainda vou dizer...
Todas as coisas que guardei pra mim, sem querer...
Talvez seja no dia do fim...
Quem sabe no de um novo começo.
No dia do juízo final, todos serão um só.

O que sai


A dor que toca a alma...
E enche o peito de orgulho,
Faz borbulhar, enxuto,
O sorriso bruto.
E a alma triste,
Que não sorri,
Nem chora,
Perde-se no caminho
Entre o aqui e o agora...
O que foi-se de uma paixão ardente:
Sorriso, boca, língua, dentes...
Que no esconder da alma vã...
Somente sairá...
Felicidade.

domingo, 11 de setembro de 2011

Inconstância


Por que amar alguns e não amar ninguém
Se fosse inconstante não seria o que sinto...
E se no desatino me pegasse pensando em alguém
E seu nome não fosse proferido?
Por que amar? Por que amei?
Palavras falsas, sentimentos vãos...
Seria verdadeiro tudo que me dissestes?
Inconstante vontade de não querer...
E sofrer pelo que sinto!
Ai se meus “ais” fossem ouvidos...
Seria mais fácil conviver com o desconhecido...
Não sei, leve-me daqui.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011


Ao acolher do broto,
Do jardim ameaçado,
Encontrei a ti
Perdido no nada,
Preso a um passado.

Eras tentação, gosto e prazer...
Eras o intocável, impossível...
Intensivo modo de querer.

Ao colher o broto,
Num jardim ameaçado,
Encontrei a ti.

Sorrindo dizias: "meu bem há de florescer!"

Mas na tentação...
Corpo e alma hão de se ver.
Pois és flor que não se cheira,
Não se toca,
Não semeia.
És flor do meu jardim,
Pra encantar só a mim e mais ninguém.