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domingo, 30 de dezembro de 2012

2013


Uma nova etapa
Um novo ano
Serão novos os amores?
As paixões serão as mesmas?
Que nos traz esse novo ano?
Que virtudes e vicissitudes ele nos trará?
Que fazer com o ano velho?
Recordar seus momentos bons e apagar os ruins?
Balançar a mente em busca da música que mais escutou?
Dançar!
Soltar a mente e o corpo
Lavar a alma!
Pedir desculpas ao som de uma lambada
Tocar o rosto da pessoa amada
Beijar os lábios do apaixonado
Tentar!
Que seja a palavra do novo ano
Que sejam as conquistas reprimidas
Os desejos inibidos
Que seja o futuro!
Tentar!
E não ter medo de arriscar
Não ter medo, enfim, de ser feliz.

Feliz 2013!

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

No apagar das luzes


O que te intriga?
O que te satisfaz?
Sorris sempre sincero?
Abraças sempre com vontade?
O que pensas quando te toco?
O que pensas quando me toca?
Porque sorris assim do nada?
Lamentas o que não fazes?
Ou só o que fazes?
Te arrependes do que queres?
Do que necessitas?
Soltas a língua?
Deixas fluir?
Não espere nada mais, carinho...
Apago as luzes, ainda posso ver você.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cinco


Meu querubim
Voou atento
E que em meus braços se perca
Ao voltar para o ninho.

Uma tartaruga em meio ao mar
Não a vejo além das ondas
Na corrente já não poderei então te guiar
Por onde andas?

As cores do arco-íris
Já não refletem em teus cabelos loiros
A brancura de tua pele,
Já não ofusca outros pensamentos.

Tua mudança repentina
Atina e tortura
Já não és mais quem eu conheço?
Bem-vinda à novas aventuras.

Um recente aprimoramento
Atento aos fatos, se apresenta
Não tenta, não se deixa
Não se aquieta nem se remedeia.

Assim acaba os cinco
Cinco poucos, cinco muitos
Cinco assim, cinco em si
Cinco meus, cinco quase nada.


Pela estrada pequenina



Numa estrada pequenina
Passeava eu e minha solidão
Encontrei-me em frente a tua porta
E lá vi um clarão.

Abanavas as mãos nada pequenas
“Senta aí” falou do nada
E entre passadas e repassadas
Vi-me em seus braços uma vez mais.

Atento que o mundo é grande
O tempo é curto
E o arrependimento depois é gigante –
Alertei com voz atenta.

Era meu último lapso de entorpecente pensamento.
"Pensas demais", disse...
"Sente de menos", eu bem o sei...
E com minha mão nas tuas, viajei.

Um mundo distante e pequenino
Onde cabem apenas poucos sobreviventes:
Eu e você, o céu e o mar
As nossas lágrimas e a solidão.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Vez primeira


Pela primeira vez
Queria ser o remetente de seu olhar
Das cartas que nunca me enviou
Dos beijos que nunca me deu.

Pela vez primeira
Das seguintes
Das conseguintes
Das que ainda virão
Queria ter o teu alento
Teu hálito e o vento
Que deixa teus lamentos e teu perfume em mim.

Queria ser o motivo da tua risada
Sentir tua palma roçando na minha
E somente da alegria, de juntos estarmos
Acariciar teu rosto melecado do sorvete que comprei pra gente.

Agora em mente,
Vez primeira quero ser
Não importa em quão vãos pensamentos há de ser
Segura minha mão
Deixa eu cuidar de você.



domingo, 28 de outubro de 2012

Baile de máscaras


Um passo em falso
A máscara cai.
Passos lentos, julgam tua memória
Onde estás que não te vejo?
Porque foges?
Atormentados seres,
Pego pela mão, simples criança
No entardecer, baile de máscaras
Arrumo a casa, logo irão chegar.
Um passo, dois
Porque não me cumprimenta?
Um passo de cada vez
Porque foges, então?
Hoje enquanto conversava com a vida
Respondi a ela a minha ira
Da infantilidade que o cerca.
Deixa de ser deveras
O que eras, o que não eras
E o que ainda há de ser.
Pega na minha mão e vem
Deixa eu te explicar o que há de acontecer:
Só quero uma conversa
Que esclareça nossas dúvidas
Um arpão de candura
Não perfurará teu ser,
Pois tenha certeza, meu caro
De amargo já chega, após o baile de máscaras, o amanhecer.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Palco


Um sonho sem sonhadores torna-se nada: deixada ao vento, escrita na areia, levada pelo mar; transforma-se em um tudo, de luto, numa caverna sombria. Um sonho sem expectativas não se torna mais do que uma realidade pungente. Um dia sonhei com o ontem. Hoje, com o amanhã. Ah!, um amanhã de grandes realizações! Sonho altivo, nosso sonho. Tornou muito o pouco que fizemos. Não destrua, em teus sentimentos, a ordem de construir mais, construirmos mais!
Sonhar, sonhar. Emoção!
Arrebata tua mente, segue teu coração.

Um passo mais: torna-se sonho, entra no palco, torna-se palco.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Asas


Certa vez tentei escrever
Mas no entanto, não consegui
Do peito as palavras não saiam
Jorravam em desatento, em tino
Ao redor, então, tudo me parecia
Uma simples agonia.

Hoje, no entanto,
Palavras não bastam:
Quero braços e abraços.
Não mais quero desejo,
Inútil intento de um não tentar.

Porque quem se arrepende uma vez
Fere, mágoa e entoa que não sabe sonhar.
Sobre o sonho azul, brilho do mar
Olhos que me beijam, pele que não me toca mais.

Quem, um dia
Mágoa súbita de pesar
Sorri, sorriso falso
Com vontade de não perdoar.

Sonha, amigo meu
Não é à toa que te digo isso
Parte com tuas asas em direção ao reino
Só não esqueces, jamais
Deste pobre passarinho.

Traços


Traços
Vastos
E entre braços,
Me perdi.

Pudor do peito teu
Ao tocar a pele minha,
Clamor da tua garganta
Ao ler a mente minha.

Visualizas meu ser,
Beijas, tocas minha face,
Será rubor, desejo meu
Que te assolam e te esmolam?

Um intento prematuro
Do duro, do sujo
Tornam a alma, tocam a pele
Para um já não ostentar?



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Agulha


Não digas o que não feito
Mesmo se com intento ou puro desejo
Não te arrependas jamais do que foi feito.
Toma em teu berço a agonia
De falar algum dia
Sobre a sintonia do rádio
Cujo botão desparafusou.
Toma em ti a liberdade
De falar em verdades
Agulhas doloridas
Sorrisos de dia
Pequena bailarina
Dança, então, uma vez mais.

domingo, 30 de setembro de 2012

Cortina


Queria ser artista
Subir ao palco glorioso
E dar meu corpo, minha alma.

Viver em um mundo de cultura
Me parece um tanto sucinto.
O que seria do íntimo
Se não fossem as improvisações?

Sinto falta das luzes,
Holofotes, nomes em glória,
Abraços em final de espetáculo.
Sinto falta dos braços,
Amassos e dos acordes ao final.

Quero subir ao palco uma outra vez
Luzes brilham, piscam
A emoção de estar pronta a sair,
Entrar em cena
Fingir, emergir, acontecer.
A música soa e
A cortina fecha mais uma vez
Levando com ela a tentativa de ser,
Mais uma vez, artista.



sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Baú de memórias


Em uma caixinha pequenina
Que encontrei balas e doces
Encontrei rumores
De uma memória ardente.

Abri-a devagar e encontrei pequenos desejos:
Amor, carinho e um pouquinho de anseio.
Palavras tortas, papéis mal dobrados.
Encontrei um baú de regalos.

Achei lembranças de outras vidas
Outros dias
Em que o sol brilhava sobre minha cabeça
E a grama tocava meus pés livremente.

Hoje, enclausurada em sapatos
Com a lua a minha frente
Andei sem caminho
Por longas estradas afora de meu próprio mundo.

Abri, hoje, uma pequena caixinha,
Baú de memórias minhas,
Reavivei o ardor das lembranças, fechei a tampa
Recomeçando do breu mais uma vez.

Lua minha, venha me salvar...

domingo, 16 de setembro de 2012

Noite de chuva


Em uma noite chuvosa
Com a pipoca de microondas
Sobre as cobertas
Meu ninho se formou.

Perdido em torpores
Azul céu, salgado ou doce
Me perdi no seu abraço
Acordei sem teus braços
Sentei e chorei.

sábado, 8 de setembro de 2012

Sobre verdades


Em certo tempo,
Enquanto caminhava
Pensei serem os amigos as maiores verdades deste mundo.
Enquanto eu via o que me cercava
Grama fofa em meus pés,
Pássaros alvos no amanhecer
Percebi que as coisas mudavam:
Decepções vinham,
Chateações nos cercavam,
Mas manter a cabeça erguida era a solução.
Enquanto eu caminhava,
Em longas estradas,
Percebi que de todas as minhas verdades
Somente uma realmente me acompanhava.
Agradecer é pouco
As verdades nobres que me fazem bem.
Em todo tempo
Acompanhada pela única verdade que me cercava
Percebi:
Cansei das meias verdades que, em totalidade, nem verdades eram, realmente, para mim.

domingo, 2 de setembro de 2012

Acaso


Nós encontramos o acaso
E entre casos
Nos perdemos.
Achamos o nosso destino
E o deixamos partir.
Onde foram parar aquelas promessas
Feitas ao pé do ouvido
Enquanto discutíamos, aos abraços
A cor dos passarinhos?
Qual futuro escolhemos para nós dois?
Bastou o tempo ou vamos de encontro a eternidade?
Diga-me, ao invés
Que revés tomou tua forma?
Quem toca agora tua pele que esta longe da minha?
Deitada em ombros largos
Mãos que tocam meu ser
Beija lento o dorso feito
Em ondas de pleno gozo e fervor.
Um dia disse-me:
"Te encontro além"
Nunca mais voltou.
Perdeu-se o valor.
Ninei-te em meus braços
Fiz desaparecer a solidão
Os problemas como fumaça
Teu ser em mim em perfusão.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Foges de mim?


Foges de mim?
Adaga em minha mão
Sangue em suas veias
Foges de mim?
Escondido atrás das portas da alma
Coração lento
Ao longe, além de mim.
Foges de mim?
Tem em mim coração
E é por isso que foges então?
Beija lento o dorso tenro
Enquanto almejo, danças sem parar
Longe, observo, mudo, ensurdeço, qual tal teu humor?
Tanto pudor na relação
Em meio ao nada, tudo
Porque fugir de mim então?
Desisto de ti,
Encontra-te em mim
Carícias nas mãos.

sábado, 4 de agosto de 2012

-

Em mim
Eu entro e torço
Distorço
E vejo
E me cego.
Em ti
Eu tento
Eu noto, percebo
Viro pelo avesso e já não sei se não sinto nada.
Por nós
Eu escuto
Ensurdeço
Cego e vejo
Calmaria de meu viver.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Não esqueça...


Não esqueça os livros, os poemas, as músicas e tudo mais. Não esqueça do tempo, que não volta mais, e daquele que ainda vamos criar. Não esqueça também dos  presentes que um dia foram trocados, dos doces ofertados, dos longos passeios de mãos dadas. Ah, quem me dera voltar e que aquelas cartas escritas sejam somente neblinas do que já não fomos ter...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Abraço


E que volte
Mas volte inteiro
Não deixa teus pedaços
Espalhados
Não deixa teu corpo atento
Em desalento.
Que volte
Que venha com o vento
Beije meus cabelos,
Me tomes no peito.
Debruçada em ti
Sinto o colo, chamego
Teu perfume penetra-me lento
Sinto-me em ti
Sinto-te em mim:
Abraço.

terça-feira, 24 de julho de 2012

E então?


Desliga-te de meu ser
Toma forma teu humor.
Reclamas de outrora
E agora corre
Em sua direção.
Não entendo-te assim,
Calado e frio,
Quente a sorrir,
Entre brumas abertas
Não entendo as brechas
Que há de se ter.
Névoas cercam tua reclamação
O sol inunda teu ato
Confunde-te em ti mesmo?
Confunde-me por atento?
Tremo e tremo
Temor, preocupação?
Incerteza de um beijo quente
Faz em ti, então
Solidão.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

-


Mientras se está despierto, en la cama, el miedo le pregunta "es tiempo de ir?". Tome duchas de agua fría y el alma cambia de dirección. ¿Es usted amor? Esto que me lleva en el pecho con alas y no deja que se vaya el hechizo que un día yo pensé? Es usted quien hace la naturaleza más bella y hace todo lo posible para estar mejor? Hoy, mientras estaba en la cama, después de despertar, pensé: "eres tú, amor amigo, que me tomas! Eres tú, y ahora lo sé!". En mi, duele en el pecho la falta, pero en el alma yo lo sé: no importa lo lejos que estás, tienes un poco de mí así como de ti yo tengo un poco más".

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Traição


“Trair não significa o perjúrio da vida, Maria! Toma-te forma! Desenha teu ser! É pecadora e não podes negar!”

“Pare! Pare! Atordoa-me o céu da boca e os ouvidos berram tuas palavras em minha mente! És prontificado o batismo da carne ao nascer e me tens aqui, agora, alma em chamas, corpo em pecado! Tomas forma tua dor e deixa fluir o teu rubor! Sabes que pequei e faz-me condenar por isso!”

“Tua alma grita injúrias contra o teu próprio ego! Deixastes te levar pela própria armadilha dos que amam!”

“Mas eu te amo!”

“Amas a teu corpo e o desejo que provocas! Amas tua face no espelho e teu corpo refletido nas águas claras do teu banho! És pecadora por amar-te acima da verdade e da justiça. És tu, Maria, alma em pecado, cabeça em juízo. Morreras porque assim eu quis. Morreras pois só assim terás tua redenção eterna. Entrega-te com o laço sucinto do esplendor. Lança-te as chamas! És pecadora, tu sabes!”

“Se bens fala e tens tanta certeza, não darei dúvidas aos céus e terras que minha hora já é válida. Só peço: não me lança tua espada, deixa-me morrer em teu amor!”

“Que dizes com isso?”

“Quero que me mates enquanto te amo. Torna isso verdade! Torna isso verdade e terás minha alma liberta! És o último pedido há um ente apaixonado!”

“Trovejam céus e terras que se te amar não te matarei! Onde estará a redenção? Onde multiplicará teus sonhos e ganharão tuas glórias? Qual de vossas escolhas tornará plausível teu véu?”

“Se me amas, mata-me enquanto te amo! Se queres minha redenção, condena a tua! Sabes o pecado que nos rege! E mata teu filho! Deixa que eu o leve para a eternidade e sempre o bajular de um berço vazio! Vamos! Atiça tua espada em braça, saca-me as barreiras! Ama-me! Deixa-me sentir amada uma vez mais e parta-me em dois, três pedaços! Entorta tua espada em meu ventre e deixa que eu leve também o filho do pecado que tornou-se nosso amor!”

E em uma última tentativa de redenção, enfiou-lhe a espada no ventre, arrebentando-lhe as barreiras.

“Mais uma vez amar-te-ei e conviverás com a pena de matar teu único filho, desgraçado! Morrerás culpado com a criança que matas agora! Levará para tua cama todas as noites o choro da criança! Remexerás em teu túmulo a busca de uma salvação!”

E vendo-a fechar os olhos, cruzou a mesma espada suja de sangue em sua própria barriga, partindo a maldição, indo então, em calma e salvação, viver na eternidade com seu amor. 

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Sem


"Hei!" - Eu disse - "Venha aqui!"

E em um piscar de olhos
O maremoto.
Arco-íris depressivo,
Sol de mendigo.
Fazer do sol o olho eterno
Nunca transformou
Chuva em neblina.
O que seria, sem eu,
Sem vida,
Nada mais que subscrita
A legenda de tua falta?

domingo, 8 de julho de 2012

O tempo

O tempo
Tic tac
Passa
Tic tac
Devagar
Tic tac
Quando a gente
Tic tac
Espera
Tic tac
O tempo
Tic tac
Passar.

sábado, 7 de julho de 2012

Bolha


Patati Patatá
Borboletas
E um céu azul.
Me torno bolha, semente
Catequí, cataquá
Viro, desviro
Monto
Explodo.
Lírios sinto
Em torpes mel
Jaz água e sabão em minha alma
Limpa, lava
Escorre pelo véu.
Chora em mim,
Alma cálida,
Pureza toca teu ser
És tenor de vida e morte
És pueril bem querer.
Não me vejo em carne
Alma, corpo
Me vejo em homem,
Fera, animal.
Não tornas abismo puro
Realismo duro
Do tentar a última nota.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Dos que não sabem

São insensíveis,
Insensatos,
Incansáveis e
Insanos,
Mas completavam-se um ao outro
Mesmo sem motivo e
Este era o perigo
Dos que não sabem, ainda,
O que se passa.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

-

E eu sinto falta
Sem nem mesmo estar longe
Pouca coisa me consome
Somente o teu olhar.
Eu ainda estou aqui
Os defeitos se impregnaram
Maldito medo do desconhecido
Maldita chama não apagada.
És a inspiração, agouro lento,
E a pele morna toca teu umbral
Tens de mim veracidade
Voracidade e o que mais
Se for de imaginar.
Toca a chama, reduto de infância
Afasta-te, se não queres mais
Beija o corpo lento,
Confusão não te quero mais.

sábado, 23 de junho de 2012

No pouco

E eu enlouqueço
Pouco a pouco
E nesse pouco
Eu me perco
No tamanho
No seu jeito
Me encontro
Me escondo
Te beijo.
E em seu enlace vejo:
Meu desejo,
Seu desejo,
Nosso tempo.

domingo, 17 de junho de 2012

Estar

Estou nervosa
Estou ansiosa
Tenho o mundo nas mãos
E não tenho nada.
Eu tenho medo
E o que ele pode me trazer
Tenho a periodicidade da perdição
Tolice vã
Dos dias quentes de sol.
Eu tenho chuva, eu tenho a lua
Luz imensa que me invade
Tenho a prostituição da alma
Que invade
E me toma o coração.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

-

E era burra
Mas tão burrinha
Que eu a amava mais que tudo
E ela nem sequer sabia....

quarta-feira, 13 de junho de 2012

-

"Vem cá!"
"Não"
"Está tudo bem?"
"Sim"
"Então porque não vem aqui?"
"Porque não"
"O que há?"
"Falta"
"Falta o que?"
"Falta de quem..."
"Falta?"
"É, falta você"

sexta-feira, 8 de junho de 2012

É


E é lá dentro
Dói no peito,
Enegrece a alma,
Contribui com o vento.
É a simpatia do desavisado,
A cordialidade do mais chegado,
É o bater de um coração.
E mesmo assim,
Alma em dor da brasa quente
Que aos poucos me mata,
Permito que corroa
O que de mim restou
Para então, assim,
Num dia de inverno, talvez
Te ver, mais uma vez, feliz.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Porta


Entre a multidão sinto
O arder da chama amarga
És tu solidão que me atormenta?
És tu, fogo da paixão, arte que me invade?
Sinto o gelo, rua escura
O sol irradia e minha alma dói com a partida.
"É hora de ir?", me perguntou a criança.
"É hora de voltar", respondo.
A alma dói, o temor me invade.
Fecho a porta.

sábado, 2 de junho de 2012

Balanço


Uma criança chora sentada no balanço
A pracinha já não é mais aquele lugar que sempre adorara.
Era sua perdição andar por lá.
"É perigoso" dizia o mais velho,
Mas a destemida menina
Foi lá e agora, perdida,
Sofria calada em meio a confusão
Que se tornava a sua vida.
Ao longe, os pais a acompanhavam:
"Vamos buscá-la?",
"Deixe-a lá, vai aprender que o mundo é perigoso demais para pessoas de coração inocente".

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Era

Era apenas um entre a multidão
Vagando entre a realidade e a ilusão
Entre as sensações, emoções e sentimentos
Mas era a ele quem eu procurava
Com afinco e apego.
Um abraço em meio ao mundo imaginário,
Luz e calor
Invade a casa, abrem-se as janelas
Dançam as flores ao nosso redor.
Fecha-se tudo, escuridão
Partiu entre o nada
Deixando as marcas
As piscadelas desleixadas
Lembranças do nosso tempo.
Enfim, tornou-se eu enquanto tornei-me tu.
Agora és rocha fria e eu
Chama que arde em calor:
És o desejo em absoluto,
Sou eu reduto de carinho e amor.

domingo, 20 de maio de 2012

Partida

Foi-se sem querer
Bateu asas e voou
Será que foi para teu bem, meu amor?
Será que era essa a única solução?
És meu orgulho ainda
Mesmo com tanta dor
És o pilar da minha vida
Minha redenção
Meu salvador.
Tenho em ti minha realeza
Fez de mim princesa,
Rainha.
Elevou-me do chão
Fez-me voar
Flutuar...
Hoje então
Despeço-me para que tenhas uma boa vida
Pois sei que, se partes agora
É porque outrora
Já não estavas bem de vida.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Parafernália

Tiro daqui
Coloco lá
Cada parafernália em seu lugar
E um coração limpo
Pra recomeçar.

sábado, 28 de abril de 2012

Sob o véu


Sob o véu escondes tua face
E nela habita o medo.
E como vives com este anseio
Que te fazes recuar mais?
Te perdes em vão afeto
E com tanto esmero
Me considero rica.
Vejo na tua veia a bolha insípida
Do sangue alheio que tu devoras.
Insípido desconhecido,
Alvas faces negras
Tem em ti a beleza
Do esmero desconhecido
E será sempre por primeiro
O segundo escolhido.

-


Um segundo para o segundo. E Palmas.

domingo, 22 de abril de 2012

Anseio

Em meio a loucura
Mal vejo a luz,
Em meio a sanidade,
Vejo a claridade de um sol.

Em caminhos torpes encontro,
No assombro daquele porvir,
Mapas perdidos de céus azulados
De verdes marcados, pátria sem fim.

Em mim vejo,
Entre o torpe desejo,
Sair este anseio
Que em mim está preso.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

-


Terei eu um bom futuro
Ou serei apenas fruto do meu meio?
Em meio a tanto atento
Me perco em medo,
Decepções
E memórias, pois
Tal qual a lua avista
A melodia que cantam os apaixonados
Canto eu,
Em breve e baixo tonado,
Tudo o que me é esperado
E que foi, em meu entendimento
Empregado.


sábado, 14 de abril de 2012

Na tempestade


Dores de amores
Sentimentos sem fim
Uma pena e uma tinta
Escrevo, linha a linha
Seu nome, num mar sem fim
E desenhando um lindo jardim,
Onde andamos de mãos dadas
Descubro minha morada
Meu porto, enfim!
Para poder deixar que me vença,
A morte ou a doença
Porque na tempestade verei você aqui
Vindo em direção a mim
Gritando aos quatro ventos
Em direção ao mar:
"Que venham as tempestades, pois
Contigo, amor ardente,
Em terras de lei sem gente,
Sobreviverei".

domingo, 8 de abril de 2012

Medo perfeito


Ontem me perguntei o que seria perfeito
Porém, entre medos
Descobri que o perfeito
Não seria mais perfeito
Do que descobrir que o medo
É perfeito para mim!

sábado, 31 de março de 2012

As respostas do mundo


Um dia perguntaram a menina o que ela queria saber do mundo. A menina perguntou enquanto as conselheiras lhe olhavam em silêncio. Entregaram em suas mãos, então, um livro. Capa preta e letras douradas, páginas já amareladas do tempo e com um aroma de sabedoria. Sentada sobre a meia luz da lua, esticou-se para dentro de seu sonho em capa dura. Folheou, folheou, até acabar o livro. Tinha em si todas as respostas. O livro continha, em todo seu exemplar, apenas uma frase:

 - Eu sei que você verá que é loucura tudo isso, mas pense, quando a loucura a dominar, poderá chamar isso de amor, então assim terá, em si, todas as tuas próprias respostas sobre o mundo.

domingo, 25 de março de 2012

Pequenos anjos


O que faz aquela gente
Que não ajuda a gente
Que não faz nada pela gente
Mas é a própria gente?

É a gente que diz que sente
E não sente nada
Que fala
E não se escuta
Porque diz e se contradiz em cada rua
Em que anda devagar!

Quem são aqueles
Pequenos anjos que nos guiam devagar
Para trilhar a vida
E não cair em pesar
Quando for sua partida?

Eu tive que me afastar pra ver a vida
Eu tive que sofrer para sorrir
E sei, ah, hoje eu sei
Que adiante tem uma luz
Ela me guiará para fora
Para longe
E ao mesmo tempo perto
De tudo que eu jamais imaginei.

segunda-feira, 12 de março de 2012

-


Por que tão desprezível?
Ao olhar em um encanto
Sorrisos falsos o atingem.
Por que tão desprezível?
Carinho atento que não lhe negam
Seria puro pesar ou contentamento aliviado
De um ser repudiante que toma ar ao seu redor?
Por que tão desprezível?
Infiel criatura do círculo de sangue
Que se fecha ao tentar a brecha sagrada
Seria tentativa de um mais além
Agarrar-se em sua pele?
Por que tão desprezível?

domingo, 4 de março de 2012

Livro


Extremamente confortável
Era tocar suas páginas
E ver nelas - em linhas e cabeçalho -
Escrito em letras legíveis e, muitas vezes, garrafais
Então, um mundo de fantasia se criar
E em minha mente
Entorpecida pela torrente de informação
Eternizar as imagens
Envolvidas em echarpes
E que em cetim se formam em meu coração.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Em mim


Quente era teu abraço
Como o mar em um dia ensolarado
Era como ter ao meu redor o mundo
E dentro de mim apenas nós dois.

Doce era teu sorriso,
Dia aberto de possibilidades:
Caminhar no mar de gente só nós dois
Ou deitar na sombra de nosso amor.

Amável era teu toque
Tuas mãos em mim.
Era como se pegasse uma taça
E cuidasse para não cair.

Agora sim, em pleno inverno em mim
Vivo a discutir, comigo e por isso
Em meios as taças de café e pão gergelim
O que é que, em minha vida, você veio fazer aqui?

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Adelante

Eu queria morar mais acima
Perto do céu
Em meio à neblina alaranjada
Do fim da tarde.
Gostaria de caminhar entre as estrelas
Fazer da lua minha casa,
Minha cama,
Minha estada,
E ter nela – e dela – tudo que eu preciso:
Amor, atenção e carinho.
Poderia eu – enlouquecida-
Fazer das nuvens o meu chão
E em um sonho
Avião
Ser nada mais que um passarinho?
Quisera eu viver em liberdade
E sozinha na imensidão
Descobrir que além de mim,
Naquele céu clarim,
Mora gente com paixão.
Eu e a imensidão
Em si e por si
Juntas a sorrir
Em um futuro em que nada me aflige
Reaprender a viver, a entender
E a agir.

Meme

Bem, o Léo Cruz me colocou nessa, então vamos lá!
Regras 
- Responder às perguntas abaixo. 
- Repassar o selinho de qualidade 
para 15 5 blogs e avisá-los.

Nome: Caroline Machado Dartora 
Uma música: Loca - Shakira
Humor: Feliz e animada, na maior parte do tempo
Uma cor: Azul
Um seriado: The Big Bang Theory
Frase ou palavra mais dita por você: "Pode ser", "Tipo", "Mas né"
O que achou do selinho de qualidade? Ahh adorei, meus agradecimentos ao Léo!

Fale 10 coisas sobre você:
1.     Escrevo ou tento escrever poesia
2.     Adoro filmes
3.     Adoro livros
4.     Adoro crianças 
5.     Adoro tecnologia 
6.     Meus amigos são tudo pra mim
7.     Adoro escrever
8.     Sou de Virgem
9.     Tenho um irmão, um afilhado, quatro cachorros e dois passarinhos hehe
10. Faço física médica na faculdade - é, pode me chamar de louca hehe


  
Repassar o selo pra 15 5 blogs:

Bem, não leio tantos blogs assim, mas né, aos marcados, se quiserem, façam o mesmo!