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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Calímbaro


Cataclísmico,
Catastrófico,
Calímbaro e seus malabares;
No circo
Da vida
Calímbaro sorri ao ver a dificuldade
Ao olhar os alardes
Ao se ver.

Calímbaro é mais um palhaço perdido
Num rio desprovido
De esperança e amor.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Se eu pudesse voar



Se eu pudesse voar...
Iria até onde você esta
Abriria minhas asas sobre você
E lhe daria meu calor.

Se eu pudesse voar,
Te observaria, de longe
Tentando ver em você
O meu reflexo.

Resultados perversos,
Catedrais de amor.
Ah, meu benzinho
Queria te ter em meus braços
E te embalar com fervor.

Se eu pudesse voar
Fazia destas milhas que nos afastam
Apenas um passo
Para abraçar-te com fervor
E poder-te dizer
"Como sinto tua falta, meu amor!".

Como estou com saudade de você meu pequeno Rodrigo!

domingo, 27 de novembro de 2011

Importar-se





Não me importam seus dias
Suas carícias
Seus toques.

Não me importam teus medos
Teus defeitos
E teus corriqueiros
Não saber.

Não me importa nada
E ao mesmo tempo tudo
Ah confuso modo de querer!

Quero a liberdade,
A felicidade de sorrir novamente
Não sorrir com os dentes
Sorrir com a mente
Sorrir.

E em pleno gozo
Subirei aos céus
Pedindo liberdade ao voo triste.

Sobe pequenina
Não te acanhes na subida
Liberta tua bagagem
Deixa pra trás tua infelicidade!

E em pleno voo
Hei de perceber
Que já não me importo contigo
E sim com o modo que contigo
Já não me importarei.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Perfeição


Cada um é perfeito ao modo que
Sua perfeição deixa de ser perfeita aos olhos dos outros
E torna-se perfeita aos olhos de quem lhes foram feitas.

domingo, 20 de novembro de 2011

Que não me abandone


Vou fazer conto de amor
Ao som de uma lambada
Vou fazer do teu interior
Uma morada.
Vou fazer da estrada
Na noite límpida
O caminho que ruma – e desvia
Para o teu coração.
Ah paixão!
Deixa em paz minha mente
Deixa em paz meu coração
Que seja o que for
Mas que seja forte e duradouro
Que seja por um dia ou uma vida
Paixão que não me abandone!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Indisponível


Vou tornar-me indisponível
Pra mim, pra ti
Pra todos!
E que não seja um alerta
Ah os alertas!
Não há porque se não fazem falta!

Vou tornar-me indisponível
Inacessível
Insaciável.
Vou tornar meus medos, verdades
As realidades, transformarei em desespero
E o céu em água límpida
Por que se ainda chove
É porque de mim – e em mim –
Tristeza ainda habita.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Carta ao amor desconhecido

           
           Caro amigo,

Sei que ainda não o conheço, mas bem sei que assim que nos virmos pela primeira vez, será como se já nos conhecêssemos desde sempre. Também sei que quando você segurar minha mão, algo irá tremer. Talvez a perna, o braço, meus lábios. Agora paro e penso: será que será um presságio de que meus lábios tocarão os seus e por isso tremem? Será que é a emoção do que eu não sei se vai acontecer? Talvez, talvez. Penso agora que depois deste toque sútil dos seus dedos nos meus, será que você trará seus lábios a minha pele e depositara sua doçura ali? Não sei.
Nunca o vi e já o conheço como a palma da minha mão. Será que estou me enganando? Sei que amores irão ir e vir e que somente o mais puro e verdadeiro permanecerá. E se quando nossos lábios se tocarem pela primeira vez eu não sentir o frenezi da verdadeira paixão? Tenho medo de encontrar na pessoa errada o que era pra ser seu e desistir de procurá-lo. Amor verdadeiro, tu podias estar com uma plaquinha indicando-te! Que bom seria não errar de paixões, sofrer de amores e viver desilusões, não?
Bem, meu caro, despeço-me agora com certa dúvida: quando o encontrarei? Espero-te ansiosa até o dia de não sei quando. Amor, te amo.


De quem te amará sempre, meu amor verdadeiro.

domingo, 6 de novembro de 2011

Presença


Eu não quero essa distância,
Posto que é chama,
Quero a presença
E o bem que ela me faz.

Não quero machucados
Sentimentos, não mais.
Apenas quero carinho,
Um abraço nunca é demais.

Posso estar entendendo tudo errado,
Sei que o que já foi não volta mais
Seria então errado
Pedir que não nos afaste mais?

Quero que lembres das coisas boas,
Dos momentos em que houve felicidade.
Não se deixe, por maldade,
Esquecer destes momentos!

Ah! Triste desejo
De voltar no tempo e fazer com que jamais
Acontecesse o que a distância,
No fim, trouxesse o que hoje
É fato de não ter mais
Presença.

sábado, 5 de novembro de 2011

Amanhã



E parecia tudo ótimo
E parecia tudo bem
Há de vir mais uma vez, sonhar com as estrelas?

Pensa, pensa
Não te arrependerás num futuro distante?
E que na proximidade das variantes, não te tornarás mais alerto?
Ah desprovido afeto
Te tornas mais brando ao passar do tempo!

Queima corpo meu,
Enche de chamas meu peito
Entope minhas veias do entorpecente desapego
Não deixa a saudade vencer.

Bate, luta, reluta!
Não te deixas abater, alma insana
Momentos bons não trarão aventuras
E o desprover não trará alegrias

Chora, amiga minha
Alma cheia de buracos
Trás os rancores do espaço
E enche-os de alegria.

Sorri, vida minha
Amanhã é outro dia!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Mais uma vez


Vejo teus olhos brilharem no céu
Tua voz ressoa
Será que mais uma vez vens me ver?
Ouço-te ao longe
Gritas injúrias, fala carícias.
Onde estás que não te toco
Não te escondas de minhas vistas!
Não mordo, não sou cachorro
E se mordo é por carinho.
Não te assustas com meus gemidos,
É desejo recluso, amor perdido.
Vontade que vem e volta
Vontade de um não querer, querendo
De não sonhar, sonhando
De não viver, vivendo.
Ah se eu ouvisse mais meus “ais”
Não estarias talvez escrevendo este poemeto?
Por que as aparências enganam
E as realidades também.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Logo amanhecerá


Não me prendas mais uma vez
Pelas mãos, pelos pés
Não me prendas mais uma vez,
Coração.
                                               
Não afetes mais de impaciência
A saudade que tenho de te ter em meus braços.
Sorri, ao embalo,
Da valsa triste que soa ao longe.

Não me prendas mais uma vez,
Não deixa que me atinjam com suas flechas.
Pobre donzela dorme ao longe e não vê por perto
O soar dos trombones.

Chega logo rei!

Chega a meus braços
E toma de impaciência
A insanidade alheia
De te ter, junto.
Sorri meu rei,
O sol não se esconde mais
Se tens a lua por perto
Não a verá, jamais, chorar.

Não sofre não, carinho
Logo amanhecerá.

Acróstico: saudade de hoje

Brincar de saudade,
Rir das lembranças;
Unir-nos-emos nos céus, meu anjo
Na busca de um novo amanhecer
Ou de uma nova saudade...

                              
  Um lugar sem iras, sem sentimentos, sem mágoas; Um lugar de amores e saudades.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pensamento


Num raio de sol
Numa chama de amor
Entre a triste neblina
Surges tu.
Palavras acalentam os sentidos
O imaginar perde-se por linhas
Ah! Tristes melodias que eu hei de entoar em meu canto.
Putrefeitas sejam as tristezas
Em vermelho pintarei meus sonhos
De tristes anjos de almas cálidas!
Porque a distância não há de ser
O caminho torto de uma relação.
Anjos meigos encham-me de luz!
Tragam o florir da primavera em meu peito
O sorrir incandescente do desfeito
Beija meus lábios rubros, quase negros, de desejo
E sonda meu peito de felicidade.
Pobres anjos de almas cálidas
Entoarão seu canto em almas vagas
Que a mim não cabe mais a tristeza,
O chorar de uma lástima...
Que entre barcos e navios
Me perco, afundo, afloro
Num momento sóbrio eu imploro:
Felicidade toma meu peito e disfarça os defeitos
De uma alma machucada.