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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Angústias de fim de ano


Bem, mais um ano se encerra e temos que, em alguma hora, pensar no que vivemos. Esta é uma época de rever conceitos e mentalizar energias positivas. Hoje, dia 31 de Dezembro de 2010, por conseguinte, último dia do ano, há de se pensar em tudo que se passou este ano e balancear o bem e o mal, o bom e o ruim, o aprendizado e a coisa errada. Este é o último dia deste ano para podermos nos arrepender de ter feito algo e para pedir desculpas pelos nossos erros. Este é o último dia para olhar para trás e dizer se o que vivemos foi bom ou não, se valeu a pena, ou não.
Hoje, faço uma retrospectiva do que vivemos.
Em primeiro caso, temos os terremotos que arrasaram várias partes do mundo, as ondas gigantes - tsunami -, as mortes, as enchentes, os desmoronamentos, os fins das novelas (saiba que para mim isso é angustiante, e não, não me chame de supérflua), a primeira reconstrução completa de rosto, uma das maiores tragédias ambientais no golfo do México, tivemos nossa primeira presidenta...
Bem, 2010 já esta indo e 2011 é o que nos interessa agora. Então, à todos, um ano repleto de coisas boas e cheio de paz, amor, e realizações.
Feliz Ano Novo.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Então é natal...

Então chegou a esperada época de natal, onde juntamos a família, comemos peru e nos embebedamos da maneira certa para acordarmos no outro dia com uma dor de cabeça horrível, típica de enxaqueca. O que não pensamos é o que tem de significado o natal. Por acaso, caro leitor, já refletistes e chegastes a conclusão de que essa época não é só de festividades, presentes, bebidas e comidas?
Pois é, perto de tanta tristeza como a saudade imensa do meu pequeno anjo, me pego pensando o que significa o natal. Tempos atrás, nos reuníamos, minha família e eu,  comíamos, bebíamos, conversávamos, confraternizavamos e soltávamos foguetes. As crianças eram a alegria do natal, principalmente quando o Papai-Noel chegava. Elas pulavam, gritavam, corriam e a felicidade era imensa. A dois anos nascia meu pequeno príncipe e agora faríamos uma festinha com balões, palhaçinhos, doçinhos e ele já falaria e caminharia sozinho. Não dependeria de nada e nem de ninguém, a não ser do amor e carinho daqueles a sua volta. Na véspera de natal, faríamos seu segundo aniversário, cheio de esperanças, sorrisos e alegrias, mas assim quiseram, assim o fizeram e ele já não esta aqui e nada posso eu fazer. Admito que é triste pensar que passarei este ano sem seu pequeno sorriso, seus olhos lindos e sua alegria contagiante. É difícil pensar que estou indo em direção ao futuro enquanto ele esta lá, fechado em seu mundo, sem poder crescer. Pensando em tudo que poderia se passar este ano, pensei no que significa o natal. Estarmos todos juntos, celebrando o nascimento, parecia razoável, parecia aceitável. Hoje, só posso festejar a tristeza e a dor da perda. Bem, o natal é uma festividade alegre, troquemos presentes e sorrisos e finjamos que esta tudo bem quando aparecer aquele velho barrigudo com um saco de presentes felizes para pessoas alegres. Tudo bem, comemoremos o natal como se nada houvesse passado e como se nem todos que amamos estivessem perto da gente. Tudo bem, passemos o natal somente.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Abraçe-me


" - Tudo o que eu preciso neste momento é um abraço. Um gesto tão antigo quanto a humanidade, e que significa muito mais do que o encontro de dois corpos. Um abraço quer dizer: você não me ameaça, não tenho medo de estar tão perto, posso relaxar, me sentir em casa, estou protegido e alguém me compreende. Diz a tradição que, cada vez que abraçamos alguém com vontade, ganhamos um dia de vida."

Paulo Coelho – O Aleph

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

A sorte não é para todos

Eras tão belo...Talvez se não houvesse me apaixonado por aquilo, não estaria aqui, contando-lhe o que vivi. Claro que esta não é uma história de amor, mas, à clara razão, me deixo pensar que talvez, se não fosse por ele, não estaria eu, quem sabe, escrevendo isto que lês agora. Não sou talvez autor-defunto, muito menos defunto-autor, como diria Machado de Assis, mas digo algo que talvez, não surpreendentemente longe, inalcansavel, mas sim obtuso, obstante, no aparente, quem sabe, modo de viver, que sou apenas aquela que um dia decidiu morrer. Digo a você, meu caro leitor, que não gosta de ouvir lorotas, que ao acaso do esquecimento, não digo meus pretextos, pois os logo inventarei. Quem sabes diga, um dia talvez, que na verdade a história triste que venho lhe contar nada mais seja do que um drama apaixonado ou que não passe de um romantismo realista, mas apesar da estrita estrutura formada, digo-lhe e não por acaso, que vem ao retrato, memórias vivas de minha pessoa. Estavas eu a andar pela rua, talvez não fosse propício: a um tiro poderias eu morrer? Mas ao que me passa, de sorte tomada, um revira-volta me faz bem. A chuva calma no meu semblante, talvez agora, ínfimas gotas não me fazem questão ao andar pelas ruas livres, mas ao chaqualhar das longas almas vivas, meu roçar de pensamentos não se enrosquem ao seus, e a grave pneumonia, que a todos atingia, ao meu ser não ocorreu. Andavas eu, agora que vive em terras serenas, na chuva que a todos tomava, por um tiro que a pouco tomavas, revira-voltas e lá vou eu. Andavas livre, saltitando por ai e a moça que atingida foras, do carro que, de certa forma, provavelmente, atingirias a mim, gritava por socorro, ao qual não respondi. Não por injustiça, talvez devesse eu lá, gritar por socorro e ajudar a quem minha sorte não deixava aproximar. Descobriu certo tempo depois, não por superstição, mas talvez, ligação ao azar, aquele que a socorrera morrera depois de gravíssima doença vascular. Não sei porque, ainda que meus pensamentos não estejam bagunçados, porque dá força do destino me levar ali. Sapiente do que levara o amor a me encontrar, ou talvez, quem sabe, fosse a mesma força que faz a roda gigante girar, tornei-me o que não pretendia exaltar. Apaixonei-me em frente a um altar. Tal qual o inseguro tiro, a chuva penumoniosa e a ajuda sequelar, apaixonei-me diante um altar e nada mais poderia fazer feliz aquele que tudo de feliz tinha. A sorte me acompanhava e não havia o porquê de não sorrir. Anos depois, cansada de tudo isso, um absurdo contínuo, do tiro não tomado, da pneumonia não obtida, da doença não tida, do altar contido, a loucura tomou-me. Mas não a loucura agressiva, compulsiva, por minha sorte, era uma loucura normal. Talvez perguntes, caro leitor, como uma loucura intitula-se normal, se loucura é loucura e não há nada mais irreal do que o próprio ser, atirei-me do quinto andar e enfim aconteceu. Vi meu amado chorar sobre meu corpo, ao ser levada para junto aos anjos que me tomavam as mãos e ajudavam-me a voar e no juízo final fui concebida por regalar os céus por minha presença altiva. Não demorava muito e o pano caiu, a caixa fechou-se e no pranto dito indigno, tornei-me inesquecivel. Pois é, sorte minha, não?  

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A resposta é sim
Caro amigo respeitado
Por mais estranho, obtuso, obsoleto que sejam os casos
A resposta ainda é sim
As perguntas infames
As respostas indignas
As perguntas infiéis
Ainda seria sim pela estranheza
Pela profundidade
Pelo sentimento
Sim, a resposta é sim, caro amigo
Por mais que se precise pensar
A resposta é sim ao objetivo
A resposta é sim ao que virá
Se por mais insondável culpa
Remorso e ressentimento
Por mais doloroso e epífito orçamento
Por mais aguçado, retórico
Abstrato
A resposta ainda é sim, caro amigo estranhado
Acredite sim, se não for verdade, que cortem meu pescoço
Que a resposta esteve sempre ali
Por mais estranha e audaz que fosse
Esteve sempre ali, pronta a ser dita aos quatro ventos
Sim! Sim! Sim!
E o inferno já não seria o mesmo se lhe respondesses ali.
Somente saiba que seria sim...
Porque eu estive lá antes
E você esteve lá antes,
Mas juntos podemos ficar bem
Porque quando se torna escuro e quando se torna frio,
Nós podemos apenas nos abraçar até vermos a luz do sol.
(Hold My Hand - Akon feat. Michael Jackson)

Insana Timidez

Seria difícil admitir o que se sente?
Talvez a complexidade dos fatos os torne insanos, indepuráveis. Talvez, quem sabe, seja somente o incômodo de saber a verdade. Por mais rara e insuportável que seja, a insanidade nos torna parte de nós mesmos. Seria ela, talvez, a causadora de tanto pudor? Pudor sim, timidez ao certo. Seria inaceitável aceitar algo como concreto? A timidez, fato do incerto, incorreto, do sensível. Seriam as pessoas mais tímidas, mais raras? Seriam elas, o ponto de partida da perplexidade? Imponderabilidade, sentir-se livre. O ponto em que a aceleração da gravidade e a aceleração de um corpo tornam-se iguais. Seriam os dois lados da mesma moeda? Timidez e insanidade andariam, talvez, juntas? Seria o objetivo inatingível ou os sonhos possíveis? Pois é, make a wish.

domingo, 12 de dezembro de 2010


Se convirtió en mi refugio
En el lugar más oscuro
Se quedo como amigo
Y el enemigo se fue de aqui

Se convirtió en profesor 
Se convertió en aprendiz 
Enseñó a confiar 
Enseñó a sonreír

Y digo ahora 
Querido amigo y compañero 
Que las palabras más sinceras
Aunque sin pretensiones 
Se merecen un nuevo comienzo.
 Se convirtió en mi refugio...
"Do atentado ao ser, o mais estranho é que, muitas vezes, não percebemos a inocência com que ele acontece."