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sábado, 23 de março de 2013

Inseguro?


Te mostras tão inseguro, amor
És vontade reprimida
Ou intensa iniciativa de não querer?

Cuidas o que tem ao redor:
Não te mostras demais?
Te enrolas demais?

Eu sei os teus segredos
E esse seu tormento
Me faz enlouquecer.

Deixa ouvir da tua boca
Que clama serena pelo mundo
Diversidade a fundo, idades indesejáveis.

Olhas o mundo com outros olhos, agora
Sente que nem mesmo sabes o que quer
Não torture coração alheio, ele pode depois não mais te querer.


domingo, 17 de março de 2013

Pedaços

Pra sempre
Ou só por um momento
Entre tropeços
Andávamos de mãos dadas.

Pensamentos na monotonia de ser
Da vontade de ter você
Mais uma vez
Nos braços meus.

Corríamos em direções opostas
Ser ou entender o que se passa?
Fechei teus olhos
Você calou minha boca.

Nas ondas turbulentas
Da tempestade pela qual passávamos
Eras porto seguro
Em teus braços, teu quarto, coração.

Agora já não vês mais nada
De minha boca, não saem palavras
Somos cegos mudos dessa situação
Amor sem fronteiras, pedaços ao chão.

domingo, 10 de março de 2013

Moradia


Tenho medo do frio
Do frio na barriga que você me causa
Ao olhar-me dissimulado com estes olhos de cigano
No intento, no entanto, de ganhar-me uma vez mais.

Sonha vai,
O mundo não há de ser tão preocupado
Deita aqui, no ninho dos meus braços
E respira para a eternidade:
Onde só há magia
E uma linda moradia
Beira de praia para nós dois…