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sábado, 23 de fevereiro de 2013

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O que é a felicidade em meio a tantos torpores:
Um raio de luz em meio as chagas que percorres
Para encontrar teu caminho de paz
Ou a imensidão que te afasta do que pode
Alterar-lhe os ânimos?

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

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Em cor escarlate
Teu nome em minha parede
Pinto agora com sombras alheias
Tua imagem que a mim assombra.

Sombras, galhos, afagos
Talhos, maços, cálidos
Vagos.
Assim era tua presença.

Mesmo assim, púrpuro lábios
Não deixavam cair na pele
As palavras doces:
Buscava com a alma, cuspia como veneno.

Amor, amor, atento!
É tarde para o seu sossego
É hora de trilhar um caminho
Seu nome, agora quase em vinho, já está a ser apagado.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Ouves


No céu, os sinos ecoam

Ouves?

Não era o que eu lhe dizia?

Ouves?

Não é sua fada madrinha
Sussurrando longínquas canções de boa sorte?

Ouves?

É tua hora!
Não vês o trem de tua vida partindo?

Ouves!

São os apitos chamando-lhe pra realidade!

Ouves!

É hora de ir!

Ouves!

Ouves e vai que
Esperarei aqui, vendo-te trilhar teus novos caminhos
A sorrir.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Parto hoje


Parto hoje
Na mala a saudade
Na mente a vontade
De voltar nunca mais.

Saio hoje
Me mudo para longe
Nos ombros o destino
A tino, a pino, à vontade.

Raras vontades
Tomadas de desejo
Dizei-me uma só palavra
E o retorno não precisará ser feito.

Não o faço, ao menos
Atento, além do intento
Do sentir teu modo azedo, uma vez mais
E o gosto pungente da tua boca que me satisfaz.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Samambaias a noite


Um erro cometido
Sonhar que em distintos
Lírios, lindos, laços
Em teus abraços, haveria importância.

Segurança entorpecente
Eloquente, evidente
Nas ruas escuras, busco além
Outras almas além de você.

Samambaias reluzentes
Reviventes de outras décadas
Residentes em outras mecas
Que outrora fizeram meu lar.

Samambaias são gente
Instinto tipo pegajoso
Amedrontado, pavoroso
Andar no escuro, sem ninguém.

Janela aberta

Sol já vai, lua vem
A mesma janela encontro aberta
Sonhos despertos
Iluminados em outrem.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

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  • Faz sol no meu lençol, viajo lento, beijos ao vento.
    Abro a janela e você entra, se aprochega, me esquenta e torna tudo amor.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Dia de chuva


Olha pra janela, meu amor
Será que vai chover?
Embriagados de prazer, ao leito vens:
Será tempestade de mim em você?

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Teu rosto em minhas mãos


Peguei um rosto
Claro, alvo, marcado.
Um rosto bem cuidado
Em minhas brancas mãos.

Em ti, marcas daquilo que passara
Em mim, alvas mãos brincavam com sua cara
Retorcendo-a, torcendo-a, beijando-a
Amando-a.

Teu rosto em minhas mãos
Meu sorriso em gratidão.
Agarro teu torso, lento
Beijo teus pelos, sorrisos em vão.