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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011


Sorri, chorei, gritei, vibrei, cai, me apaixonei, conheci, desconheci, fiz amigos, perdi contato com outros, dancei feito uma louca, fiz papel de louca, me tornei uma louca. Fugi, escondi, atuei, me apresentei. Fui tímida, alegre, triste e fiz meu papel. Escutei, falei, escutei de novo. Entrei pra faculdade. Conheci o mundo universitário. Ainda não me acostumei com esse negócio de semestre. Cozinhei, limpei, ajudei. Beijei, vibrei. Emagreci, engordei: eu aprendi a cozinhar direito, ora bolas! Me emocionei. Dois mil e onze foi um ano conturbado, mas não um ano ruim, aliás, foi um dos melhores anos que já vivi! Foi o ano ao qual, eu acho, tirei mais proveito, que aprendi mais coisas novas. Juntei dinheiro, aprendi a valorizá-lo. Fiz dezoito anos. Sai, fui pra festa. Voltei no outro dia cedo da manhã, na outra voltei mais cedo ainda. Li, reli, escrevi. Ganhei um afilhado. Babei nele. Mimei muito ele. Notei realmente como adoro crianças. Tive sonhos malucos. Vivi maluquices. Conheci lugares legais. Fui no teatro. Fui no cinema. Comemorei meu aniversário em grande estilo. Aprendi cálculo. Aprendi mecânica. Conheci parques. Andei de mãos dadas. Tropecei. Aprendi com meu tropeço. De tudo e em todos, não me arrependo de nada. Talvez tenha ficado desgostosa de alguns fatos, mas não arrependimento. Não esse ano. Dois mil e onze se vai e é hora de recomeçar, escrever um novo capítulo, virar a página, começar um novo parágrafo. É, lá se vai mais um ano em que eu sorri e espero ter feito muita gente sorrir comigo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Controvérsias


Criptas de calúnia
Sorrisos de mel
Problemas resolvidos
Vinda vida.

A calopsita pia
Grita
Voa sem voar.
Enclausurada ela agoniza
Como queria estar lá!

Espera uma resposta
Ao gritar um de seus "ais"...

Vontade, ah, essa vontade louca
Mas o tumor cresce
Medo dele é o que tenho
Ele é medo
Eu sou medo.

Eu sou poço
Fundo e escuro
Claro e raso
Sou noite e dia
Sol e Lua.

Controvérsias internas
Pedantes em meu caminho
Paralelepípedos em minha alegria
Uma era de tristes vindas
De mágicos pesares.

Porém,
Entre todos os dias,
Aqueles que eu queria reviver
São somente os em que a confusão me tomou conta,
Pois assim saberia que,
Mesmo que coisas nasçam,
Cresçam,
Mudem
E realmente se transformem,
A loucura que um dia eu tive
Continuou intacta
Na minha real vontade de viver.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Circo de encantos



Bailarinas em cetim
Rodam com seus tutus
Com graça e familiaridade
Saltam os perigos do palco.

Entram os malabares
E o artista dança sobre a corda
Equilibra-se na ponta dos pés
Cai pra lá, cai pra cá
E acaba por não cair.

A corda é sua vida,
Os malabares suas escolhas.
Ele precisa falar
Contar ao mundo o que necessita
Porém seus malabares ainda no ar
Passam direto por suas mãos e,
De repente
Param no chão, misturados
Bagunçados, confusos.

O pobre artista sorri
Mesmo confuso
Ele tem um sorriso nos lábios
E diz que tudo irá passar.

Junta seus malabares, o artista
À noite pensa em sua técnica
É preciso mostrar ao mundo,
Ele pensa,
Todo o espetáculo que ele está por montar.
E mais uma vez, ao amanhecer
Sobe sobre sua corda bamba
Com seus malabares
A sorrir.

Ao jogar todos para o alto ele tem certeza
Não é mais um artista somente
Não é apenas um ser humano
É uma alma pura em seu véu
Abençoado por sábias escolhas:
As que lhe farão sorrir,
As que farão os outros sorrir
E a que deixará, aos olhos das pequenas bailarinas em cetim,
O mundo mais encantado.

domingo, 11 de dezembro de 2011


Parafusos cor de rosa
Pontiagudos e delicados
Como um botão de rosa
Numa cama de espinhos
Deitou sobre o manto alegre
Aura pura de alívio.

Criança pequena
Sorri com seu novo brinquedo
Coração de pedra
Crescer sem alento.

Acalentado por um sorriso
Corre do perigo
Do medo que o persegue
"Vai criança, corre
Não deixa o medo te pegar!
Vai, criança - Ah, minha pequena criança!
Sorri em tentação desperdiçada
Na tentativa de amar!"

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pirilampos


Pirilampos pontiagudos
Saltam na minha barriga
Emoção à flor da pele
Arrepios vespertinos
Saudade de um hoje
Que venha o amanhã!
Logo será um novo dia
Já amanhece, meu amor
E as flores hão de florescer contigo!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Entorpecente


E no mormaço do teu abraço encontrarei
Significado de coisas belas
Palavras singelas
Pensamentos infantis.

Chuva cai e leva o calor
Mormaço mais uma vez.
Tempestade de gotas
Face a face.

Escolhe meu ser;
Sorrir, chorar; anuvia tua visão
Enche de esperança teu coração
Recomeça mais uma vez.

E entre tantos e todas elas
Escolhera a canção mais bela
A que dizia, um dia,
Encontrarás, em desilusão,
Teu entorpecer.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Calímbaro


Cataclísmico,
Catastrófico,
Calímbaro e seus malabares;
No circo
Da vida
Calímbaro sorri ao ver a dificuldade
Ao olhar os alardes
Ao se ver.

Calímbaro é mais um palhaço perdido
Num rio desprovido
De esperança e amor.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Se eu pudesse voar



Se eu pudesse voar...
Iria até onde você esta
Abriria minhas asas sobre você
E lhe daria meu calor.

Se eu pudesse voar,
Te observaria, de longe
Tentando ver em você
O meu reflexo.

Resultados perversos,
Catedrais de amor.
Ah, meu benzinho
Queria te ter em meus braços
E te embalar com fervor.

Se eu pudesse voar
Fazia destas milhas que nos afastam
Apenas um passo
Para abraçar-te com fervor
E poder-te dizer
"Como sinto tua falta, meu amor!".

Como estou com saudade de você meu pequeno Rodrigo!

domingo, 27 de novembro de 2011

Importar-se





Não me importam seus dias
Suas carícias
Seus toques.

Não me importam teus medos
Teus defeitos
E teus corriqueiros
Não saber.

Não me importa nada
E ao mesmo tempo tudo
Ah confuso modo de querer!

Quero a liberdade,
A felicidade de sorrir novamente
Não sorrir com os dentes
Sorrir com a mente
Sorrir.

E em pleno gozo
Subirei aos céus
Pedindo liberdade ao voo triste.

Sobe pequenina
Não te acanhes na subida
Liberta tua bagagem
Deixa pra trás tua infelicidade!

E em pleno voo
Hei de perceber
Que já não me importo contigo
E sim com o modo que contigo
Já não me importarei.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Perfeição


Cada um é perfeito ao modo que
Sua perfeição deixa de ser perfeita aos olhos dos outros
E torna-se perfeita aos olhos de quem lhes foram feitas.

domingo, 20 de novembro de 2011

Que não me abandone


Vou fazer conto de amor
Ao som de uma lambada
Vou fazer do teu interior
Uma morada.
Vou fazer da estrada
Na noite límpida
O caminho que ruma – e desvia
Para o teu coração.
Ah paixão!
Deixa em paz minha mente
Deixa em paz meu coração
Que seja o que for
Mas que seja forte e duradouro
Que seja por um dia ou uma vida
Paixão que não me abandone!

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Indisponível


Vou tornar-me indisponível
Pra mim, pra ti
Pra todos!
E que não seja um alerta
Ah os alertas!
Não há porque se não fazem falta!

Vou tornar-me indisponível
Inacessível
Insaciável.
Vou tornar meus medos, verdades
As realidades, transformarei em desespero
E o céu em água límpida
Por que se ainda chove
É porque de mim – e em mim –
Tristeza ainda habita.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Carta ao amor desconhecido

           
           Caro amigo,

Sei que ainda não o conheço, mas bem sei que assim que nos virmos pela primeira vez, será como se já nos conhecêssemos desde sempre. Também sei que quando você segurar minha mão, algo irá tremer. Talvez a perna, o braço, meus lábios. Agora paro e penso: será que será um presságio de que meus lábios tocarão os seus e por isso tremem? Será que é a emoção do que eu não sei se vai acontecer? Talvez, talvez. Penso agora que depois deste toque sútil dos seus dedos nos meus, será que você trará seus lábios a minha pele e depositara sua doçura ali? Não sei.
Nunca o vi e já o conheço como a palma da minha mão. Será que estou me enganando? Sei que amores irão ir e vir e que somente o mais puro e verdadeiro permanecerá. E se quando nossos lábios se tocarem pela primeira vez eu não sentir o frenezi da verdadeira paixão? Tenho medo de encontrar na pessoa errada o que era pra ser seu e desistir de procurá-lo. Amor verdadeiro, tu podias estar com uma plaquinha indicando-te! Que bom seria não errar de paixões, sofrer de amores e viver desilusões, não?
Bem, meu caro, despeço-me agora com certa dúvida: quando o encontrarei? Espero-te ansiosa até o dia de não sei quando. Amor, te amo.


De quem te amará sempre, meu amor verdadeiro.

domingo, 6 de novembro de 2011

Presença


Eu não quero essa distância,
Posto que é chama,
Quero a presença
E o bem que ela me faz.

Não quero machucados
Sentimentos, não mais.
Apenas quero carinho,
Um abraço nunca é demais.

Posso estar entendendo tudo errado,
Sei que o que já foi não volta mais
Seria então errado
Pedir que não nos afaste mais?

Quero que lembres das coisas boas,
Dos momentos em que houve felicidade.
Não se deixe, por maldade,
Esquecer destes momentos!

Ah! Triste desejo
De voltar no tempo e fazer com que jamais
Acontecesse o que a distância,
No fim, trouxesse o que hoje
É fato de não ter mais
Presença.

sábado, 5 de novembro de 2011

Amanhã



E parecia tudo ótimo
E parecia tudo bem
Há de vir mais uma vez, sonhar com as estrelas?

Pensa, pensa
Não te arrependerás num futuro distante?
E que na proximidade das variantes, não te tornarás mais alerto?
Ah desprovido afeto
Te tornas mais brando ao passar do tempo!

Queima corpo meu,
Enche de chamas meu peito
Entope minhas veias do entorpecente desapego
Não deixa a saudade vencer.

Bate, luta, reluta!
Não te deixas abater, alma insana
Momentos bons não trarão aventuras
E o desprover não trará alegrias

Chora, amiga minha
Alma cheia de buracos
Trás os rancores do espaço
E enche-os de alegria.

Sorri, vida minha
Amanhã é outro dia!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Mais uma vez


Vejo teus olhos brilharem no céu
Tua voz ressoa
Será que mais uma vez vens me ver?
Ouço-te ao longe
Gritas injúrias, fala carícias.
Onde estás que não te toco
Não te escondas de minhas vistas!
Não mordo, não sou cachorro
E se mordo é por carinho.
Não te assustas com meus gemidos,
É desejo recluso, amor perdido.
Vontade que vem e volta
Vontade de um não querer, querendo
De não sonhar, sonhando
De não viver, vivendo.
Ah se eu ouvisse mais meus “ais”
Não estarias talvez escrevendo este poemeto?
Por que as aparências enganam
E as realidades também.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Logo amanhecerá


Não me prendas mais uma vez
Pelas mãos, pelos pés
Não me prendas mais uma vez,
Coração.
                                               
Não afetes mais de impaciência
A saudade que tenho de te ter em meus braços.
Sorri, ao embalo,
Da valsa triste que soa ao longe.

Não me prendas mais uma vez,
Não deixa que me atinjam com suas flechas.
Pobre donzela dorme ao longe e não vê por perto
O soar dos trombones.

Chega logo rei!

Chega a meus braços
E toma de impaciência
A insanidade alheia
De te ter, junto.
Sorri meu rei,
O sol não se esconde mais
Se tens a lua por perto
Não a verá, jamais, chorar.

Não sofre não, carinho
Logo amanhecerá.

Acróstico: saudade de hoje

Brincar de saudade,
Rir das lembranças;
Unir-nos-emos nos céus, meu anjo
Na busca de um novo amanhecer
Ou de uma nova saudade...

                              
  Um lugar sem iras, sem sentimentos, sem mágoas; Um lugar de amores e saudades.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Pensamento


Num raio de sol
Numa chama de amor
Entre a triste neblina
Surges tu.
Palavras acalentam os sentidos
O imaginar perde-se por linhas
Ah! Tristes melodias que eu hei de entoar em meu canto.
Putrefeitas sejam as tristezas
Em vermelho pintarei meus sonhos
De tristes anjos de almas cálidas!
Porque a distância não há de ser
O caminho torto de uma relação.
Anjos meigos encham-me de luz!
Tragam o florir da primavera em meu peito
O sorrir incandescente do desfeito
Beija meus lábios rubros, quase negros, de desejo
E sonda meu peito de felicidade.
Pobres anjos de almas cálidas
Entoarão seu canto em almas vagas
Que a mim não cabe mais a tristeza,
O chorar de uma lástima...
Que entre barcos e navios
Me perco, afundo, afloro
Num momento sóbrio eu imploro:
Felicidade toma meu peito e disfarça os defeitos
De uma alma machucada.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Ah!


Pontos de luz
Sóis de cansaço
Transtornos de fé
Desvios de conduta.
Esconder-se em si,
Mostrar-se a todos.
Rios de alegria,
Marés de tristeza.
Ah os problemas!
Ah as carências!
Saudade sinfônica que julgas eterna.
Cabeça aberta, mente voadora.
Porque de fantasias vivem as crianças,
De esperança os adultos
E de sonhos vivo eu.

Saudade


Saudade
Palavra que vem
Palavra que vai
Saudade.
Do perto, do longe
Do ir e não vir
Saudade dói no peito
Saudade dói em mim.
Rejeitas o rejeito do coração alheio
Há de se ter o pensamento aberto
Porque em vãos momentos se deixam os sentimentos
E entre os dedos se escapa um coração liberto.
Saudade, saudade.

sábado, 22 de outubro de 2011

Eu não queria


Eu não queria falar de amor
Muito menos de estrelas
Queria falar de bailarinas
Ou talvez de borboletas...
Queria falar de um dia
Ou quem sabe de uma história,
Acontece que, algumas vezes
O pensamento vem, a inspiração chega
E eis que em um momento
Não muito tranquilo, não muito conturbado
Chega o descaso e perde-se a linha do pensamento.
Ah se não fosse essa louca vontade de pensar em nada
E ao mesmo tempo pensar em tudo!
Se não fosse o intuito de te querer, amor, não dá
Saudade bate no peito e o tum tum em meu coração já não há...
Eu não queria falar de amor..

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Vazia


E sinto a alma fechar-se em dor
E o arco-íris no meu céu perder a cor.
Sinto a melodia desfazer-se
E os próximos, desaproximarem-se.
Sinto o perto e o longe
Uma mescla de tenro calor
Com o gélido afastar.
Palavras putrefeitas,
Penosas,
Sentidas.
Sinto o não sentir,
O tentar e não conseguir
O frio da solidão.
“Somos um barco no meio da chuva,
Um edifício no meio do mundo”
Somos o dito, o não dito
E nos sobra somente a imensidão.
Manter longe, trazer para perto,
Roçar o seu ouvido com as mais belas palavras.
Ah! Quem me dera voar.
Ah! Sonho de infância perdida.
Queria amar sem limites e sem limites amar.
Sonhos vãos, coisas tolas.
Esperança dos bobos, crença dos tolos.
Make a Wish.


O trecho citado é de 
"Um edifício no meio do mundo", Ana Carolina. 

sábado, 15 de outubro de 2011

Ao meu menino


Olhai os lírios do campo
E vede como são lindos...
Olhai nos olhos o encanto
Da graça de um menino.
Olhai, do ventre, o sorriso
De um pequeno regojizo de felicidade.
Sabeis que dali, só aos embalos,
Calmos, lentos, gentis
Sorrirão o menino lindo
Que nos braços vou acudir.
Com o pequeno em meus braços
Sorriso doce, olhos anis
Tenho em mim a confiança
De que não há mais do que amor por ti.



Ao meu pequeno amorzinho, Rodrigo, meu afilhado.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Diálogo


-Livrei-me de suas amarras! - Gritou a Saudade para o Medo.
-Impossível! - bradou o outro.

Flutuando sobre a liberdade, a Saudade sorriu para os outros.

-Agora me vou sem medo para os braços da felicidade. Fica ai contigo somente as coisas ruins, Medo. Tens contigo agora somente a Decepção, a Desilusão, o Sofrimento...
-Não me deixe, Saudade! Sabes que por ti tenho um afeto imensurável!
-E sabes que a teu lado somente me decepciono, desiludo e sofro. Se tens por mim tal afeto, deixe-me voar até a Felicidade, lá é meu lugar!

E com um sopro numa manhã morna, saiu a Saudade em busca de seu bem maior: a Felicidade.

sábado, 24 de setembro de 2011

The lost hearts


There are no facts...
There are no histories...
There are no finalities.
Maybe the freedom of believe
And the lost hearts...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Imaginação


Começa na cabeça e termina no coração
Ah, se há de se ter imaginação
Os pobres amantes na noite escura.

Querer


Quero ser estrela,
Quero ser sol...
Quero ser o astro que ilumina você.
Quero ser a história,
A página e a caneta.
Quero ser quem um dia contigo sonhou...
E foi sonhada.
O lápis, a caneta, o caderno e o bloco de anotação.
Quem escreveu o poema e o leu...
Quem escreveu a canção e a cantou.
E ao pé do seu ouvido, ainda vou dizer...
Todas as coisas que guardei pra mim, sem querer...
Talvez seja no dia do fim...
Quem sabe no de um novo começo.
No dia do juízo final, todos serão um só.

O que sai


A dor que toca a alma...
E enche o peito de orgulho,
Faz borbulhar, enxuto,
O sorriso bruto.
E a alma triste,
Que não sorri,
Nem chora,
Perde-se no caminho
Entre o aqui e o agora...
O que foi-se de uma paixão ardente:
Sorriso, boca, língua, dentes...
Que no esconder da alma vã...
Somente sairá...
Felicidade.

domingo, 11 de setembro de 2011

Inconstância


Por que amar alguns e não amar ninguém
Se fosse inconstante não seria o que sinto...
E se no desatino me pegasse pensando em alguém
E seu nome não fosse proferido?
Por que amar? Por que amei?
Palavras falsas, sentimentos vãos...
Seria verdadeiro tudo que me dissestes?
Inconstante vontade de não querer...
E sofrer pelo que sinto!
Ai se meus “ais” fossem ouvidos...
Seria mais fácil conviver com o desconhecido...
Não sei, leve-me daqui.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011


Ao acolher do broto,
Do jardim ameaçado,
Encontrei a ti
Perdido no nada,
Preso a um passado.

Eras tentação, gosto e prazer...
Eras o intocável, impossível...
Intensivo modo de querer.

Ao colher o broto,
Num jardim ameaçado,
Encontrei a ti.

Sorrindo dizias: "meu bem há de florescer!"

Mas na tentação...
Corpo e alma hão de se ver.
Pois és flor que não se cheira,
Não se toca,
Não semeia.
És flor do meu jardim,
Pra encantar só a mim e mais ninguém.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Realmente


Me pediu uma, duas, três vezes...
Respondi-lhe com um certo beijo...
Ah se não fosse os clamores do desejo
Que cada vez me perseguem mais!
Soltei-te como uma ave ao vento,
Lhe dei asas e a oportunidade de voar...
Sonhou e desejou com tanto anseio
Que negar a ti, meu amor, não dá...
Probabilidades e estatísticas pra quê,
Se está na cara que o nosso deu certo?
Pra que há de perguntar mais uma vez se realmente te quero?

domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz dia dos pais!

Me pegou no colo e me ninou até dormir. Beijou minha cabeça e me chamou de princesa. Tornou-se meu herói e protetor. Obrigada, pai, por existir!
Feliz dia dos pais!

domingo, 7 de agosto de 2011

Controle

Eu digo "venha!"
Tu dizes "anseio".
Eu digo "cuidado!"
Tu dizes "calma!"
Eu provoco,
Você aproveita.
Eu digo "chega!"
Sorris pra mim sem medo do perigo.

E na noite mais sombria
Meu sorriso iluminará seu canto
E sua voz será melodia
Pra embalar meu sono
Teu corpo acolherá o meu
E nos fará embalo.
Ao entardecer nos montes,
Sairemos escondidos.
Será o olhar perdido
Ou o sorriso que me incriminam?
Serão as diferenças pueris
As marcas que condenam?
Não sei.
Vislumbrem o incomum, acabou o show.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Eclipses can happen...


So improbable to live, was so hard to happen
One day I was the moon, alone and distance
Without knowing to live more
Radiant until the dusk, was sun, and the other
In a new dawn, make everyone believe…

Make me believe that the forever exist,
Even that we don’t be forever.
Make me believe that the distance doesn’t exist
And will not be for lack of shelter that your arms will envolve mine.
Tell me that is possible that I never thought,
Sun and moon, me and you,
It is hard to believe, but one day
Maybe eclipse can happen…

I wish to be there
Never have saw the sun born
Become the melody that make you believe
The eclipses can happen…

But nevertheless, whatever happens
The hut refuge us in a new dusk
One more time, sun and moon
Will find in a new…

Make me believe that the forever exist,
Even that we don’t be forever.
Make me believe that the distance doesn’t exist
And will not be for lack of shelter that your arms will envolve mine.
Tell me that is possible that I never thought,
Sun and moon, me and you,
It is hard to believe, but one day
Maybe eclipse can happen…

And who knows one more time
Hidden from everyone that don’t want to see
Sun and moon will be find
And the eclipse can happen…

Make me believe that the forever exist,
Even that we don’t be forever.
Make me believe that the distance doesn’t exist
And will not be for lack of shelter that your arms will envolve mine.
Tell me that is possible that I never thought,
Sun and moon, me and you,
It is hard to believe, but one day
Maybe eclipse can happen…

domingo, 17 de julho de 2011

Não mais


És inspiração, agouro lento,
E hei de emanar teu mantra e tanto
Que ao chover à tarde
Lágrimas preencherão teus olhos
E o sofrer, trépido de tua alma,
Desmanchar-se-á em pranto
E o sorriso que um dia me tinhas,
Me davas,
Me devias,
Não corresponderá.
No entanto,
Quando procurares
O calor que um dia
Emanava de meu corpo,
Ardente em chamas,
A procura de um carinho
Não o encontrará mais.

sábado, 9 de julho de 2011

Eclipse



Make me believe that the forever exist, even that we don’t be forever. Make me believe that the distance doesn’t exist and will not be for lack of shelter that your arms will envolve mine. Tell me that is possible that I never thought, sun and moon, me and you, it is hard to believe, but one day maybe eclipse can happen…

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Ser


É confuso, derradeiro. Falso e verdadeiro. É a constante da inconstante, o bem e o mal. O sorriso tímido e alegria de viver. Somos partes de um todo, não há o porque de se isolar. Sozinho, sorrindo, cantando, chorando. Acompanhado, no nada. Sorrindo triste, chorando alegre. Viver e desviver. Caminhar sozinho. Sentir-se perdido, o mapa no bolso. Soluções estranhas, prazer, Caroline.

Sonho em tons e versos


Nas sombras negras das árvores por trás de minha janela, podia sentir o que viria dali. Talvez fosse apenas um indefeso animal perdido entre as folhas, mas eu sabia, eu podia sentir que estavas ali mais uma vez a me observar. Sereno, quieto. Deslizei os dedos sobre o vidro de minha janela, esperando por algum contato, algo que me fizesse senti-lo ali, mas era em vão, eu só podia sentir o grosso e gélido vidro que me separava de ti. E uma e outra vez meu olhar inundava-se de lágrimas, borrando minha maquiagem e deixando-me mais uma vez ali, sentada em frente à janela a observar. Um cão uivou ao longe e uma e outra gota bateram na janela fazendo-me despertar de meus pensamentos mais uma vez. E então te foras do alcance de meus braços, do ressoar de minha liberdade, do poder do meu carinho. Era mais um dia chuvoso, o vento batia forte nas copas das árvores e mais uma vez eu estava lá, em minha janela, observando-o me observar. Seu olhar encontrou o meu e de uma maneira ou outra notei que não poderia estar delirando uma vez mais. Meus dedos deslizaram pela janela e um trovão cortou o céu, fazendo-me despertar. Enfiei-me embaixo das cobertas, deixando o frio cortante da solidão tomar conta de mim mais uma vez. E outra vez eu estava lá, sentada em frente à janela, olhando algumas gotas de água bater em minha janela, sua sombra estava ali, mas seus olhos eu não podia ver. Abraçada as minhas próprias pernas, deixei-me levar pela melodia de caixinha de musica que entoava em minha cabeça. E uma e outra vez me vi sobre um palco dançando, o frufru bem alinhado e o coque bem feito. Outra vez me encontrava embaixo das cobertas, a solidão me perseguindo e o sono tomando-me conta. E uma outra vez eu estava a despertar dos sonhos que passaram-se e era hora de recomeçar. A questão, porém, é que por mais sonhos que eu vá ter, por mais insano que possa ser, por mais delírios que eu venha a ter, lembrar-me-ia de seus olhos, do seu carinho ao me observar e, através daquela imensa janela, da qual eu não podia passar, te amaria em tons e versos até que um dia pudesse voltar aos meus pensamentos à pessoa que me ensinou a amar.

domingo, 3 de julho de 2011

-


“I've been walking down this orad
With a suitcase full of dreams
I've seen my demons come and go
To show me what I need..."

Avantasia - Alone I Remember

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Ontem


Ontem sonhei com anjos, luzes e borboletas. Cemitérios, criptas e você. Ontem cheguei em casa, deitei-me em minha cama e afoguei-me em mágoas. Ontem sorri ao buscar você em mim mais uma vez. Ontem eu vi, revi, vivi e revivi. Ontem era eu e agora é somente você. Obrigada.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Esquecer


O que será que nos define? Talvez um sorriso feliz, um olhar triste, um abraço apertado. O que ficará na memória de quem já nos viu? Quem sabe a aparência julgada ou o sentimento demonstrado... Será o céu o limite dos nosso pensamentos e atos contínuos? O que irão fazer com meu corpo no dia de minha morte? Talvez jogar as cinzas ao vento não seja preciso, quem sabe enterrar meu corpo a baixo do chão não seja necessário. Seria possível elevar minha alma até onde o céu chega ao limite e regressar no tempo, nos atos e sentimentos vividos e talvez, quem sabe ainda, me levar até onde esta você que um dia me entendeu, compreendeu e que sei, ficará com a lembrança, no dia em que eu for, dos momentos felizes que trouxeram os sentimentos que tens agora... Aprenderemos a viver com os sujeitos e predicados dessa vida? Seria assim então possível aprender a esquecer alguém? A te esquecer?

domingo, 19 de junho de 2011

Porque me tentas se te vais?


Farinha que escapa entre os dedos,
Coração apertado de ilusão.
Quanto ao tentar saber o que sentes,
É descer a ladeira da decepção.

Por que me tentas se te vais?
Usando austero sua sedução
Zunindo, zunindo em mim...
Minha cabeça gira
Em torno de um sentimento
Tão guardado, tão...

Intenso, ardente,
Sombrio, existente.

Óleo quente que derramas sobre mim,
Aos poucos, fazendo penetrar..

Querendo atingir minha alma,
Meu corpo, minha mente sã,
Insanamente não vês
Quão prejudicial és para mim,
Sou para ti.

Ferida que cura,
Ferida insana.
Some de mim.

Ferida que mata,
Que engana,
Por que foges assim?

...Por que me tentas se te vais?

Por Natália Galvão.

Cigano


Traiçoeiro, inquisidor.
Gracioso, domador.
Tentador.
Boêmio, astuto, velhaco, trapaceiro.
Dançavas como um demônio sobre os palcos em que pisava, seus olhos tão profundos chamavam a atenção.
Foi assim que um dia o conheci.
Galanteador, sorriu. Desatenção. Não era possível prestar mais atenção no que havia perto de mim. Seus olhos. Puxou-me. Guiou-me. Dançamos. Concentração. Um, dois, respire. Dois passos para trás e sua mão descia pelas costas, ajeitando-se, acalentando-se, satisfazendo-se. Direita, esquerda. Olhou para mim. Esquerda, direita. Olhos de raposa, olhos de urso, de tigre. Colou seu rosto ao meu. Olhos. Profundos. Abismo. Poderia, quem sabe, me perder ali. Controle. Um. Dois. Girar. Cruzar. Virar. E seus olhos comandavam-me, assim como suas mãos guiavam o passo lento do tango melodioso que tocava ao fundo. Três, quatro. Respirar. Dobrar. Cruzar. Perder-me. Voltar. Realizar. Passo. Passo. Cruza. Parar. Girar, voltar, saltar. Seduzir. Sedução. Guiar. Olhar. Abraçar. Quarto. Cama. Colchão. Dançar. Amar. Seus olhos nos meus mais uma vez. Um. Dois. Respirar. Segurei sua mão na minha, seus dedos nos meus. Girar, dobrar, saltar. Roupas. Cair. Três. Quatro. Olhar. Cair uma vez mais. Abismo. Desejo, amor, paixão. Mãos. Dançar. Cruzar. Esquerda, direita. Coração. Olhos. Girar. E mais uma vez não estava mais em seus braços. E assim como um dia nos conhecemos, enquanto dançava sobre os palcos demoníacos do submundo, hemos de nos separar nas graças eternas de meu pranto e de sua dança que nunca mais terei. E assim como chegou em minha alma, Cigano velho, irás de meu coração com o amor eterno.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sofredor



Eu que pensei que somente ilusão encheria o céu de tolos vãos
E em seu crepitar de ironia
Agonizaria em ti chama de amor
Serias tu, ó sonho de viver,
Saudade do amor?
Serias tu, ó tolo sem noção,
Parte do coração que um dia teve?
Primórdios do céu serias tu um passarinho?
Se voas ao longe,
Amor meu,
Não se vá de meus carinhos...
Sou tolo feito de ilusão,
Amor,
Carinho...

domingo, 12 de junho de 2011

Feliz dia dos namorados!


Scusa sai se provo a insistere
Divento insopportabile, io sono
Ma ti amo, ti amo, ti amo
Ci risiamo. va bene, è antico, ma ti amo...

Imbranato - Tiziano Ferro

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Vai coração


Corre coração,
Foge de meus braços mais uma vez
Que já vai amanhecer...
Vamos coração,
Sai de mim, pesar eterno
Deste amor que conjugavas insano.
Tenta coração,
Esquece a carícia eterna de teu mantra.
Deixa coração,
Vai pra longe dos braços que te acolheram na solidão.
Vai coração,
Deixa-me sozinha uma vez mais
Para o trepidar  de minha alma
E minha escrita e pula uma linha e tanto
Que já se vai ao ponto final.
Te resolve coração,
Acabarás comigo ou com tua terrível indecisão?

sábado, 4 de junho de 2011

Seus Olhos


Imagine a escuridão mais fria e triste...
Pois essa escuridão tomava meu coração,
Enchendo-o de coisas ruins, 
Que só faziam consumir minha alma aos poucos.
Essa escuridão parecia não ter mais fim, 
Até que você entrou em meu coração,
Iluminando toda a escuridão que existia ali.
Sem sua luz, 
eu seria somente mais um pobre infeliz no mundo...
Você se tornou o meu sol, 
Pois não me deixava sentir frio, 
Porque sempre ao te tocar sentia o calor do seu amor.
Você sacudia o meu mundo,
E ao te olhar sentia arrepios.
Você se tornou tudo para mim, e eu não poderia viver sem sua luz.
Não poderia viver sem você...



Por Gabriel Porto

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Amo você


Era amor, não havia como esconder. Beijamos-nos mais uma e outra vez. Olhei em seus olhos e vi que algo mudava em mim, algo mudava em você.
-Eu te amo.
-Eu também, amo você.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

É imoral


A forma que nossos beijos aprofundaram-se e suas mãos em meu corpo... Estávamos ali, rodeado por todos e perto de ninguém. Éramos nós dois e mais nada, era todo mundo e nós dois. Beijei seu pescoço, sentindo seus braços rodearem minha cintura. Era imoral tanto desejo, era imoral tanta paixão.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

É insano


Podia ser loucura minha, incapacidade. Talvez estar tão longe de seus braços me trouxessem lembranças que nunca deveriam retornar. Era ciúme, louco, incontrolável. O que eu sentia por ti tornou-se irracional, possessivo, meu. Acabou por ser insano querer-te tanto assim. 

terça-feira, 17 de maio de 2011

É idiota


O jeito que o olhei aquele dia, fez-me explodir em paixão. Era estranho estar novamente ali em seus braços, depois de tanto tempo de separação. Contando nos dedos, descobri que passamos mais tempo brigados do que nos amando. Eu sei que é idiota, mas continuo amando você.