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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011


Sorri, chorei, gritei, vibrei, cai, me apaixonei, conheci, desconheci, fiz amigos, perdi contato com outros, dancei feito uma louca, fiz papel de louca, me tornei uma louca. Fugi, escondi, atuei, me apresentei. Fui tímida, alegre, triste e fiz meu papel. Escutei, falei, escutei de novo. Entrei pra faculdade. Conheci o mundo universitário. Ainda não me acostumei com esse negócio de semestre. Cozinhei, limpei, ajudei. Beijei, vibrei. Emagreci, engordei: eu aprendi a cozinhar direito, ora bolas! Me emocionei. Dois mil e onze foi um ano conturbado, mas não um ano ruim, aliás, foi um dos melhores anos que já vivi! Foi o ano ao qual, eu acho, tirei mais proveito, que aprendi mais coisas novas. Juntei dinheiro, aprendi a valorizá-lo. Fiz dezoito anos. Sai, fui pra festa. Voltei no outro dia cedo da manhã, na outra voltei mais cedo ainda. Li, reli, escrevi. Ganhei um afilhado. Babei nele. Mimei muito ele. Notei realmente como adoro crianças. Tive sonhos malucos. Vivi maluquices. Conheci lugares legais. Fui no teatro. Fui no cinema. Comemorei meu aniversário em grande estilo. Aprendi cálculo. Aprendi mecânica. Conheci parques. Andei de mãos dadas. Tropecei. Aprendi com meu tropeço. De tudo e em todos, não me arrependo de nada. Talvez tenha ficado desgostosa de alguns fatos, mas não arrependimento. Não esse ano. Dois mil e onze se vai e é hora de recomeçar, escrever um novo capítulo, virar a página, começar um novo parágrafo. É, lá se vai mais um ano em que eu sorri e espero ter feito muita gente sorrir comigo.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Controvérsias


Criptas de calúnia
Sorrisos de mel
Problemas resolvidos
Vinda vida.

A calopsita pia
Grita
Voa sem voar.
Enclausurada ela agoniza
Como queria estar lá!

Espera uma resposta
Ao gritar um de seus "ais"...

Vontade, ah, essa vontade louca
Mas o tumor cresce
Medo dele é o que tenho
Ele é medo
Eu sou medo.

Eu sou poço
Fundo e escuro
Claro e raso
Sou noite e dia
Sol e Lua.

Controvérsias internas
Pedantes em meu caminho
Paralelepípedos em minha alegria
Uma era de tristes vindas
De mágicos pesares.

Porém,
Entre todos os dias,
Aqueles que eu queria reviver
São somente os em que a confusão me tomou conta,
Pois assim saberia que,
Mesmo que coisas nasçam,
Cresçam,
Mudem
E realmente se transformem,
A loucura que um dia eu tive
Continuou intacta
Na minha real vontade de viver.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Circo de encantos



Bailarinas em cetim
Rodam com seus tutus
Com graça e familiaridade
Saltam os perigos do palco.

Entram os malabares
E o artista dança sobre a corda
Equilibra-se na ponta dos pés
Cai pra lá, cai pra cá
E acaba por não cair.

A corda é sua vida,
Os malabares suas escolhas.
Ele precisa falar
Contar ao mundo o que necessita
Porém seus malabares ainda no ar
Passam direto por suas mãos e,
De repente
Param no chão, misturados
Bagunçados, confusos.

O pobre artista sorri
Mesmo confuso
Ele tem um sorriso nos lábios
E diz que tudo irá passar.

Junta seus malabares, o artista
À noite pensa em sua técnica
É preciso mostrar ao mundo,
Ele pensa,
Todo o espetáculo que ele está por montar.
E mais uma vez, ao amanhecer
Sobe sobre sua corda bamba
Com seus malabares
A sorrir.

Ao jogar todos para o alto ele tem certeza
Não é mais um artista somente
Não é apenas um ser humano
É uma alma pura em seu véu
Abençoado por sábias escolhas:
As que lhe farão sorrir,
As que farão os outros sorrir
E a que deixará, aos olhos das pequenas bailarinas em cetim,
O mundo mais encantado.

domingo, 11 de dezembro de 2011


Parafusos cor de rosa
Pontiagudos e delicados
Como um botão de rosa
Numa cama de espinhos
Deitou sobre o manto alegre
Aura pura de alívio.

Criança pequena
Sorri com seu novo brinquedo
Coração de pedra
Crescer sem alento.

Acalentado por um sorriso
Corre do perigo
Do medo que o persegue
"Vai criança, corre
Não deixa o medo te pegar!
Vai, criança - Ah, minha pequena criança!
Sorri em tentação desperdiçada
Na tentativa de amar!"

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Pirilampos


Pirilampos pontiagudos
Saltam na minha barriga
Emoção à flor da pele
Arrepios vespertinos
Saudade de um hoje
Que venha o amanhã!
Logo será um novo dia
Já amanhece, meu amor
E as flores hão de florescer contigo!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Entorpecente


E no mormaço do teu abraço encontrarei
Significado de coisas belas
Palavras singelas
Pensamentos infantis.

Chuva cai e leva o calor
Mormaço mais uma vez.
Tempestade de gotas
Face a face.

Escolhe meu ser;
Sorrir, chorar; anuvia tua visão
Enche de esperança teu coração
Recomeça mais uma vez.

E entre tantos e todas elas
Escolhera a canção mais bela
A que dizia, um dia,
Encontrarás, em desilusão,
Teu entorpecer.