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domingo, 5 de setembro de 2010

Quando se começa a aprender

Hoje era um dia típicamente chuvoso. Não que eu odeie chuva, mas ela não me agrada na maioria das vezes. Era um dia desses em que o sol parece querer se esconder. Quieto. Sorrateiro. Sorri comigo mesma ao despertar. Já era tarde, não devia mais estar na cama. Mas ao sentir o gostoso aconchego que me dava o travesseiro e meus lençois, sorri decidindo repousar ali por mais alguns minutinhos. Eu não tinha mais tempo. Eu não tenho mais tempo. Eu sorri. Tudo passava tão rapidamente agora. E ao mesmo tempo, tão lento. Devagar, pensei, vamos com calma que o dia é longo e apartir de agora não serás tu quem foi ontem. Afinal, nunca somos iguais todos os dias. Aprendemos cada dia com tudo o que nos cerca. Seja pelo convívio, pelos ensinamentos, pela vivência. Sorri. Levantei de minha cama e mirei o espelho. Cabelos desgrenhados. Olhos inchados de dormir. Mas tudo era tão sereno, tão calmo. Sorri. É, começava um novo dia ali.

... Aprendi e desaprendi a viver uma centena de vezes... Talvez ali esteja o passo que faltava para chegar ao cume da montanha, a nota que justifica a sinfonia inteira, a letra que resume o livro. Passo por um período de euforia, que aos poucos vai desaparecendo. Algumas coisas ficam para sempre, mas a maioria dos exercícios, das práticas, dos ensinamentos termina por desaparecer em um buraco negro. Ou, pelo menos, assim parece.”
Paulo Coelho, O Aleph.

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