Numa estrada pequenina
Passeava eu e minha solidão
Encontrei-me em frente a tua porta
E lá vi um clarão.
Abanavas as mãos nada pequenas
“Senta aí” falou do nada
E entre passadas e repassadas
Vi-me em seus braços uma vez mais.
Atento que o mundo é grande
O tempo é curto
E o arrependimento depois é gigante –
Alertei com voz atenta.
Era meu último lapso de entorpecente pensamento.
"Pensas demais", disse...
"Sente de menos", eu bem o sei...
E com minha mão nas tuas, viajei.
Um mundo distante e pequenino
Onde cabem apenas poucos sobreviventes:
Eu e você, o céu e o mar
As nossas lágrimas e a solidão.
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