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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Sois


Em um pranto desesperado pergunta-me
"Sois quem tu ama?"
"Não", minha resposta é clara.
"Sois quem desejas?"
"Não".
"Sois algo para ti que só me esnoba, julga e tendes maltratar com base neste velho coração?"
"Não".
"Atirai tua insolência ao léu, guia tua ruína ao norte! Matar-te-ei com minhas próprias mãos! Ó insano! Impuro! Por quê não dizes nada? Por quê não fazes nada?"
"Vejo minha vida rebelar-se contra mim, que poderia eu fazer ou dizer? Não notas que és para mim meu cúmplice e meu todo? Minha amiga e minha alma? Não vês que te declaro paixões em toques e que meu olhar repudiado de tesão segura-se para não ter-te em meio a todos, em todos?"
Palavras não foram mais ditas. Beijaram-se mais uma vez. Por hoje, por agora, por sempre.

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