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sábado, 14 de janeiro de 2012

Chuva e solidão


É madrugada e chove lá fora
Aqui dentro só ansiedade, quero liberdade.
Dentro de mim, saudade
Fora de mim, solidão.

Eu hei de ter um contato,
Mas não há chances, nem sina...
Quero caminhar até o mar
Sentir a brisa
E lá me atirar.

Quero ir até o mar
Com água gelada ou não.
Que seja bom, que me faça companhia:
Frio, saudade e solidão.

Não há mais o que fazer:
Quero ir até o mar, mergulhar
E ter certeza de que lá me haverá companhia
A água fria – ou quente, não o sei –
A saudade – que dentro de mim habita –
E a solidão – que a mim, cerca.

Mas não ir por vontade
Ou ir somente pela companhia – da água fria –
E sim pra matar a saudade
De uma companhia
Que me escuta
E aconselha.

Estou há muito perdido
Olho para os lados, só paredes
Quero alguém que me escute,
Me aconselhe,
Mas aqui não há ninguém.

As palavras já sem rima
Insistem em sinfonias
Destoam do que eu queria
Já não sei mais fazer canção!

Sozinha, no frio
Sem companhia que me escute e aconselhe
Olho para as paredes
Esperando que as palavras decidam – enfim
Que se torne, essas poucas rimas,
Um poema de outrém.

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