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domingo, 8 de janeiro de 2012

Encontrei


Olhei pra rua
Vi a lua
Olhei o mar
Vi teu caminhar.

Sobre o céu estrelado
E o pensamento distante
Encontrei, ao longe
O que me reservava o destino.

"Lembra de mim?"
Disse a voz doce.
"Não"
Respondi sem dúvidas.

Então num rompante
Num grito sem pudor
Deixou claro aos quatro ventos
Sua declaração de amor.

"De onde, se não te conheço?"
O medo me assustava
"Do teu corpo ardente em chamas,
Do teu olhar sedento,
Do teu toque quente, em mim
Te reconheço."

E mais uma vez, perdida
Sem hesitar lhe respondi:
"De onde se não te conheço,
Enfim, olha pra mim"

E então teu olhar cruzou o meu
E percebi a veracidade de suas palavras.
Era quem eu esperava com anseio
Era quem eu podia dizer que amava.

Tanto tempo ao relento
Esperando por alguém
Podia dizer que meu coração agora batia
Descompassado ao te ver.

"Tanto tempo sem te ver,
Já não sabia que meu coração batia assim"
"Desculpe se demorei
Não conseguia chegar aqui!"

"Foi tão difícil de me procurar?"
"Quando a nossa alma grita
Aos quatro ventos o amor
Não é difícil reconhecer
Por quem nosso coração,
De anseio,
Latejou"

"Tens em mim tua direção?"
"Tenho em ti meu coração
E minha alma
E minha paixão..."

"Fostes embora sem razão!"
"Não fui embora, minha vida,
Tinhas em ti todo meu ser!
Não lembras o que te disse, certa vez?"

"Ao encontrar,  na noite
A estrela mais brilhante,
Será ela o rompante
Do meu coração ardente em chamas
Buscando a paixão eterna,
O deslumbramento do eterno,
A recusa com o descreio,
O furor ao amanhecer
O te procurar em meus braços e não te ter,
Serei luz na imensidão
Da vasta escuridão
A te procurar!"

E então com dois passos
Alcançou-me em seus braços
Enlaçou-me da maneira que o queria.
Era, sem dúvida
Toda uma questão de duas vidas:

A minha na dele
E a dele na minha.

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