-Carro. Voltávamos do noivado de minha irmã, papai foi desviar de um carro que estava na contramão e então tudo aconteceu, de repente estávamos com o carro enfiado em uma valeta. Uma árvore segurou o carro para que não caísse mais. Só eu sobrevivi. Ai Cassi, foi tão horrível!
Então ela lançara-se sobre meus braços chorando violentamente. O choro compulsivo encharcava minha camisa e então a erguia em meus braços, sentando-a em uma parte do túmulo.
-Hey, minha pequena, vai ficar tudo bem...
-Não vai não, eles morreram.
-Todos nós vamos morrer um dia, meu amor, e agora eles estão num lugar melhor.
-Eu os queria comigo agora.
-E você tem, aqui, no seu coraçãozinho.
-Você é tão perfeito, sabia?
-Te amo.
-Eu também.
Abraçando-se a mim, Marie nos puxou para fora do jazigo, trancando-o lá com suas lembranças ruins. Beijei o topo de sua cabeça levando-a comigo até o carro.
-Vamos tomar um café?
-É claro.
Nunca mais toquei no nome de seus pais. Com o tempo passando, a organização do casamento corria livremente. Escolhemos os convites, a decoração, preparáramos os documentos, escolhemos o Buffet, experimentamos os doces e nossas vestes. Dois meses depois a cerimônia acontecia.
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