Pages

Subscribe:

segunda-feira, 28 de março de 2011

Um dia quase sem sorte


 
Era uma linda manhã. Pude ver pela fresta da cortina aberta que fazia com que a luz do sol batesse em meus olhos. Levantei-me e uma dor aguda atingiu-me o pescoço. Ok estava com torcicolo. Virei o pescoço para um lado e para outro tentando fazer com que o incomodo passasse e só o fiz piorar. Espreguicei-me dando com o braço direito no abajur e quebrando a lâmpada. Anotação mental: comprar lâmpadas novas! Encolhi os braços tentando não derrubar mais nada, fui ao banheiro e ao sair dei com o dedinho do pé na porta. Sorri indignado, a final, meu dia estava sendo ótimo! Olhei o relógio e estava, novamente, atrasado para o trabalho. Corri para pegar o ônibus e este ao parar molhou-me com a água empoçada no beiral da calçada. Entrei e um ar gelado me tomou. Pela primeira vez em anos o ar condicionado do veículo estava ligado no máximo, isso que faziam 8°C lá fora. De pé segui para meu trabalho. Caminhei apressado e fui recebido por um grito de meu chefe. Mais um atraso e estava despedido. Anotação mental: comprar um despertador que toque na hora certa. Na hora do almoço cheguei atrasado e tudo que consegui pegar no Buffet fora uma carne fria e um pouco de massa. “Legal”, disse olhando o prato e, perdido em pensamentos, mordi a bochecha. Durante a tarde, foi tudo calmo, chuvoso. Corri e perdi o primeiro ônibus e depois de vinte minutos, encharcado, embarquei para casa. Passei no mercado e comprei o que queria, e precisava: lâmpadas, frutas, ovos, sabonete, despertador e um belo pedaço do pudim de leite que tanto gostava.  Fui para casa e acabei por tropeçar ao subir na calçada. “Ótimo!” disse ao vento. Com meu pequeno desastre havia machucado um dos dedos do pé e quebrado metade dos ovos que havia comprado. Entrei em casa e a chave quebrou na porta. Larguei as compras em seus lugares e levei a lâmpada comigo. Ao entrar em meu quarto percebi que a janela havia ficado aberta tendo, com a chuva que caíra o dia todo, alagado todo o aposento. Juntei o abajur e ajeitei a lâmpada, girando-a. Quando a rodei uma ultima vez, ela acendeu-se e senti um incomodo em meus dedos. Sim, eu havia levado um choque. Louco por um banho despi-me indo fazer a barba, o que me resultou em um talho na bochecha. Liguei o chuveiro sentindo a água levemente fria, sinal de que o gás estava com problemas. Suspirei debaixo da ducha e peguei a caixinha com um novo sabonete. Abri a caixa e sem perceber, o sabonete estava quicando sobre meu pé - o que havia batido na calçada - e caindo no chão. Juntei-o sentindo a dor em meu pé cessar com o contato da água quase fria do chuveiro. Agasalhei-me enquanto separava uma carne para a janta. Coloquei-a na panela e quando estava quase pronto, queimei-me. O arroz já havia ficado negro há tempos então somente sorri ao olhar minha janta: um bife sem sal, pois havia me esquecido de comprar no mercado, e um arroz queimado. Enquanto mastigava, ao olhar televisão, mordi a bochecha novamente. Suspirei ao sentir o aroma de café que emanava em minha casa após a janta. Enquanto este estava sendo pronto, peguei meu pudim de leite na geladeira e quando o coloquei sobre a pia, vi-o escorregar caindo na pia cheia de água. Cansado dos desastres de meu dia, enchi minha caneca favorita vendo-a trincar e sorri ao sentar no sofá. Mudei de canal constantemente até achar um desenho animado, a final, não estava com vontade de ver mais desgraça em frente à tela, já bastava meu dia. Feliz pelo canal encontrado sorvi o café sentindo minha língua queimar. Desisti de tudo. Deixei o café ali mesmo, desliguei a televisão, vesti-me para dormir, não sem antes ajustar meu novo despertador, e cai na cama.
A final, amanhã será um longo dia, não?

Para o Adriano, o cara que teve um dia totalmente sem sorte e ainda sorriu no final dizendo que amanhã seria um novo dia. Obrigada por ser meu amigo sempre e me ajudar com as minhas esquisitices e idiotices indecifráveis. Porque você sabe dos meus dias e resolve a minha vida fazendo-me sorrir.  

2 comentários:

  1. Ah que coisa mais engraçadinha que a carol é
    eu conto uma peguena desgraça da minha vida pra ela e ela faz uma historia mirabolante que coisa mais querida.

    Ja sabe nao te conto mais nada.KkKKKkkk

    Muito bom saber que te faço sorrir mas espero que vc nao esteja rindo da minha desgraça, né gracinha.

    Bjao!!!

    ResponderExcluir
  2. masss bá, que dia esse hein?!
    ainda bem que os teus personagens são fictícios adsijodsiodsiod

    ResponderExcluir