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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dimitri

Capítulo 2


Era um lindo garoto, quase dois anos de felicidade. Sempre forte, alegre, sorridente, era de se estranhar que naquela semana o menino ficara quieto. Susan levara-o ao médico. “O doutor disse que ele tem meningite” informou chorosa ao marido pelo telefone. Foram meses dormindo em poltronas de hospital, segurando as pequenas mãos de Dimitri enquanto alucinava altas horas da noite com a febre de mais de 40°C depois de contrair pneumonia de outra criança que se intalara na CTI do pequeno hospital de Stanford. Nem a meningite, nem a pneumonia deixaram que o sorriso do menino desaparecesse enquanto as paredes brancas do hospital eram o seu lar. Suzan, cansada da rotina do hospital, somente sorria quando o filho mostrava-lhe os pequenos dentes. Era sua razão de viver e por ele vivia. As discussões com o marido eram constantes, mas não desistia, continuava firme e forte segurando as frágeis mãos do filho sobre a cama. Problemas pela permanência no hospital surgiram. Com o tempo, a meningite avançara sem controle no menino e em um instante o seu sorriso perdeu o brilho. A mãe chorara ao lado do filho durante horas enquanto ele lentamente perdia suas forças para a doença.

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