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domingo, 24 de abril de 2011

Por Amor

Capítulo 3


-Que sorte a tua de poder me encontrar.
-Mais uma vez em teus braços é meus sonhos hão de se realizar.
-Quanto mais amor eu sinto mais ainda há pra sentir.
-Quanto mais em mim te sinto, mais difícil é partir de aqui.
-E pensar que em pouco tempo hão de nos separar.
-Não me fales em casamento, hei de mim fugir de lá.
-Mas sabes que é para teu reino, não os pode abandonar.
-Ai de mim deixar meu povo, uma guerra hei de travar, não quero esse casamento, no altar hei de renunciar.
-E se tu casas e volta a meus braços, não era mais fácil de lidar?
-Não quero outro em minha cama, meu véu tu quem tomou só a ti quero me entregar.
-Um outro corpo no teu não quero nem pensar, só quero tu em meus braços e meus braços só você envolverá.
-Eu sei disso e é isso que quero provar. A ti e a todos provar de quem aprendi a gostar.
-Serias de mim?
-E serias de um outro alguém? Sente meu coração, bate louco só por te ver.
-Segura minha mão, minha alma vai por lá, não lhe digo “tocas meu coração”, pois contigo ele já está.
-Tenho em mim tanto amor para a ti, dar.
-Entrega a mim teu coração e verás que nada vai mais importar.

O vestido caiu sobre seus ombros escorregando até seus pés. Desvendou-lhe os seios através do espartilho e o sexo através da saia a arribar. Beijou mais uma vez os lábios, entregando-lhe o coração. Mais uma vez ela corria até seu cavalo branco e tudo estava decidido: fugiriam para um outro reino, conseguiriam um outro abrigo. Tomariam o amor um do outro, de corpo e alma se entregariam, a princesa seria somente uma donzela, o plebeu, um foragido, estariam em prol do amor, teriam um ao outro e seriam esses seus destinos.

-Volta pra mim mais uma vez.
-E sempre, e sempre.
-E assim que der a sina, corremos para além-mar.
-Percorremos a costa e nos encontraremos em algum lugar lá.
-Pega teu cavalo amanhã e me encontra a duas léguas daqui, leva alguns pertences e as moedas que puder.
-Irão me reconhecer, vai ser fácil verificar.
-Comprar-te-ei algumas peças para que te apresente como criada.
-E nada mais nos impedirá, Dwing.
-E nada mais.

Tomando-lhe nos braços, Dwing beijou-lhe mais uma vez a boca, sedento por paixão e com o desejo retomado.

-Sinto tua falta já.
-A mim me dói te ver partir.
-A mim me dói te deixar.
-Agora sobe em teu cavalo e te prepara para o nosso amanhã.
-Te espero a duas léguas, eu e teu coração.
-Levo teu corpo em mim marcado e somaremos amanhã nossas paixões. Sobe em teu cavalo e galopa para teu reino e amanhã ao nascer do sol, encontra-me daqui a duas léguas em frente ao mar.
-Confio-te meu coração, faz jus ao amor que te tenho.
-Não te preocupes, meu amor, confio em ti tudo que tenho. Até amanhã.

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