Pages

Subscribe:

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Por amor

Capítulo 6


-Quanto tempo princesa, há de convir que não esperávamos encontrá-la aqui.
-Diga-me quem és, não sou Alexia há de convir.
-És a princesa, em qualquer lugar a reconheço. Vamos Valdemor temos uma princesa a resgatar e um pedido de resgate a fazer.
-Por favor, alguém aqui! Dwing! Dwing!

Mas não deu outra, algo aconteceu: a pequena grávida desmaiara abrindo as asas e voando para o além. Os capangas, muito malvados, pegaram a jovem e depois de colocá-la em um cavalo, saíram do vilarejo em busca do rei. Não demorou muito e a moça abriu os olhos outra vez. Relutou, lutou e nada adiantou. Implorou, chorou e nada adiantou. Ao final, deixou-se ser levada. Foram dias de viagem até chegarem ao grande reino. Alexia cansava-se cada vez mais. Sentia calor, sentia frio e o mesmo vestido sujo a estava incomodando. Ela só fazia reclamar enquanto não tentava fugir, mas era tudo em vão, ela já não tinha como partir. “Dwing! Dwing, meu amor!” ela pensava constantemente em como ele iria vir para buscá-la, mas já não havia o que fazer, eles estavam próximos demais e Dwing entrar no reino seria assinalar sua carta de testamento. Um capanga foi primeiro e Valdemor ficou com Alexia. Avistaram o cavaleiro entrar no reino e em instantes um belo saco de moedas em suas mãos estava. Com o dinheiro da recompensa, era hora de entregar o produto. Ao ver a filha tão fragilizada, grávida e em roupas de plebeia, o rei a abraçou sentindo-a gélida. Ao seu lado Enrico III olhava-a com indignação. A rainha em seu pranto olhou a filha beijando-lhe a testa, amparando-a em seus braços.

-Porque me trouxeram de volta, porque me fizeram voltar?
-Não há de estar feliz de volta ao seu lar?
-Me tiraram do amor verdadeiro, o que eu hei de fazer?
-Há de se casar comigo e este bastardo que levas no ventre eu não hei de proteger, acredite nisso, não serei cúmplice deste plebeuzinho.
-Não seja injusto, o filho é meu! Deixe-me amá-lo assim como deve ser.
-Minha filha, Enrico III esta certo. Assim que nascer ele será dado a um casal num reino distante deste daqui. É o certo a se fazer, não nos tente impedir. 

Aos prantos princesa Alexia foi lavada a seus aposentos. Não podia acreditar em tudo que estava acontecendo! Poucas horas depois, cansado e preocupado, Dwing chegava ao grande reino. Depois de chegar em casa não encontrara Alexia e achara estranho. Andou pelo vilarejo, perguntou aos vizinhos e um senhor disse-lhe ter visto dois homens e uma grávida partindo em direção ao grande reino. Assim que soube, montou em seu cavalo levando consigo algumas moedas e a esperança de encontrar Alexia e seu filho a tempo. Quando chegou ao grande reino, pode ouvir sussurros e fofocas sobre a chegada da princesa e teve certeza de que estava no lugar certo. Atravessou o reino encontrando o castelo assim como se lembrava: grande, medíocre e ordinário. Deixou o cavalo negro como a noite na entrada e subiu as escadarias atrás de seu amor. Quando adentrou a grande sala pode ver a movimentação. Todos o olhavam.

0 comentários:

Postar um comentário